ARQUIVO MY FRATERNITY
Um repositório vivo de mais de 5.000 notícias, artigos e reflexões.
O Arquivo reúne milhares de notícias, estudos e testemunhos publicados ao longo dos anos pela Agência Internacional de Imprensa Maçónica. É uma biblioteca viva onde se encontram artigos sobre Maçonaria, sociedade, cultura e história em Portugal, Brasil, França, Espanha, EUA e no mundo. Aqui preserva-se a memória do que já foi noticiado e oferece-se ao leitor a possibilidade de pesquisar livremente entre centenas de temas, mantendo acessível o percurso do passado até ao presente.
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- Maçonaria Online: A Primeira Loja Virtual e o Debate sobre a Tradição
O Futuro da Maçonaria em Debate: As Primeiras Lojas Virtuais A comunidade maçónica, tradicionalmente ligada ao simbolismo e ao contacto pessoal, encontra-se num ponto de viragem. A chegada da primeira "loja maçónica virtual", um conceito que se temia mas era considerado inevitável, gerou um intenso debate. A iniciativa, identificada com a "GLSMTU " , levanta questões sobre o que é o futuro da prática maçónica: manter a tradição ou adaptar-se às novas realidades? Um Conflito de Gerações e Perspetivas As reações a esta novidade não demoraram a surgir. Muitos maçons mais experientes, apelidados de "boomers" no contexto dos comentários, defendem que a maçonaria deve ser praticada exclusivamente de forma presencial. Para estes, a experiência de um percurso iniciático, a criação de um "egrégore" (a energia de um grupo) e a fraternidade genuína só podem ser sentidas num espaço físico e sagrado. Por outro lado, levantam-se vozes que defendem a inclusão e a adaptabilidade. Membros mais novos e outros com diferentes perspetivas argumentam que a tecnologia pode ser uma ferramenta valiosa para integrar aqueles que, devido a doenças, deficiências ou mobilidade reduzida , não conseguem estar presentes. Para estes, uma "loja virtual" poderia oferecer um "porto seguro" para irmãos e irmãs que, de outra forma, se veriam forçados a afastar-se da vida da Loja. A Linha Ténue entre a Inclusão e a Deturpação A maioria dos participantes no debate concorda que a iniciação à distância seria um erro. A cerimónia de iniciação é um momento de profunda transformação e de transmissão simbólica que, na visão geral, não pode ser replicado de forma virtual. O consenso parece ser que o virtual poderá ter um papel complementar, como forma de manter o contacto e a participação de membros ausentes, e não um papel de substituição total. Apesar da potencialidade de inclusão, a iniciativa levanta preocupações sérias sobre o risco de fraudes . A falta de registos oficiais (por exemplo, a declaração a uma Obediência, no caso francês) e de um controlo adequado pode abrir portas a pessoas mal-intencionadas. Reflexões sobre o Futuro A chegada da loja virtual é vista como um sintoma de uma tendência mais ampla que se consolidou após a pandemia de COVID-19. Alguns maçons receiam que esta modernização forçada possa diluir os valores e a essência da Ordem, transformando-a numa mera "sociedade de intelectuais" ou, no pior dos casos, numa "associação de pescadores à linha" , como foi ironicamente sugerido por um dos comentadores. Outros, por seu lado, creem que as grandes obediências terão de se adaptar, sob o risco de perderem relevância e membros. A discussão sobre as lojas virtuais é um espelho das profundas transformações em curso na sociedade. A Maçonaria, uma instituição milenar, está perante o desafio de conciliar a sua rica tradição com a urgência de se manter relevante e acessível num mundo cada vez mais digitalizado. O debate continua aberto: será este o fim da tradição maçónica ou o início de uma nova era de inclusão? Ambiente Digital #Maçonaria #LojaVirtual #FrancoMaçonaria #Tradição #Inovação #DebateMaçonaria #RitoEscocês #Simbolismo #Conflito
- Crise no Grande Priorado Retificado de França: IA e Liderança em Questão
Rivalidades, tecnologia e censura abalam o Rito Escocês Retificado. Uma forte turbulência abala as fundações do Grande Priorado Retificado de França (GPRF) e do Diretório Nacional das Lojas Escocesas Retificadas de França (DNLERF) , dois pilares do Rito Escocês Retificado (RER) em território francês. Duas cartas, reveladas por «denunciantes» internos, e assinadas por figuras de peso, Jacques Bourbasquet-Pichard e Patrick Meneghetti, trouxeram à luz uma profunda crise de liderança, agravada por uma polémica relacionada com a utilização da inteligência artificial (IA) e tensões pessoais no topo da hierarquia. Com a comunicação interna aparentemente bloqueada, o futuro desta obediência tradicional está incerto. Uma Divisão em Várias Frentes As missivas, datadas de 22 e 26 de agosto de 2025, e dirigidas ao Alto Conselho e ao Conselho Nacional, revelam um mal-estar generalizado. Jacques Bourbasquet-Pichard , membro fundador do GPRF e ex-Grande Mestre Nacional, anunciou o seu afastamento dos assuntos nacionais. As suas razões? "Ameaças veladas", "ambições individuais" e uma "indiferença" preocupante em relação à utilização de IA na redação de textos doutrinários. Por seu turno, Patrick Meneghetti , o Grande Prior mais antigo ainda em vida, refutou acusações feitas contra si pelo Grande Prior-Grande Mestre Nacional e o seu adjunto. Meneghetti diz que não lhe foi dada a oportunidade de se defender, e que as acusações, ligadas ao adiamento de uma fusão de jurisdições, seriam infundadas e esconderiam problemas de funcionamento mais sérios. Os autores das cartas apontam para uma inversão de papéis entre as instâncias ordinais, que deveriam orientar a Ordem com base espiritual, e as instâncias civis, que estariam a dominar. O Grande Mestre Nacional e o seu adjunto terão questionado projetos de fusão já aprovados, em reuniões convocadas de urgência e sem respeitar a democracia interna. Isto criou um sentimento de perda de soberania, que põe em risco a essência cavalheiresca e iniciática do RER. A Inteligência Artificial: Um Ponto de Rotura A utilização da IA pelo Grande Prior Adjunto para escrever textos doutrinários é o principal ponto de discórdia. Bourbasquet-Pichard considera que esta é uma deriva incompatível com a tradição iniciática, enquanto Meneghetti receia que uma ferramenta imposta e cujo controlo está nas mãos do seu promotor possa ser usada de forma irresponsável. Este tema levanta sérias questões éticas. Numa Ordem que valoriza a transmissão oral e simbólica, poderá a utilização de tecnologia automatizada diluir a autenticidade dos ensinamentos? Uma tentativa de Meneghetti para obter esclarecimentos, seguida de uma reunião rápida, parece ter agravado as tensões, sugerindo que os líderes estão numa postura defensiva. Comunicação Bloqueada e Desgaste Uma nota introdutória que acompanhou as cartas, escrita por «Irmãos Retificados, denunciantes», denuncia a censura por parte do Grande Prior-Grande Mestre Nacional, que terá impedido que as cartas chegassem aos Mestres Escoceses de Saint-André (MESA). Esta atitude aumenta ainda mais as divisões internas, impedindo um debate aberto. Perante o impasse, Bourbasquet-Pichard resolveu dedicar-se aos trabalhos locais em Borgonha, enquanto Meneghetti pondera retirar-se para o silêncio. Ambos pedem acesso a informações. Embora simbólicos, estes afastamentos mostram uma perda de confiança na atual liderança. Qual o Futuro? Esta situação põe em causa o futuro do GPRF e do DNLERF. O RER, nascido no século XVIII e com uma forte ligação à espiritualidade cavalheiresca, arrisca ver a sua unidade comprometida. Os denunciantes apelam a uma tomada de consciência coletiva, esperando que a "lucidez" e o espírito iniciático sejam restaurados. Até ao momento, não há resposta oficial da liderança. Numa época em que a Maçonaria tenta adaptar-se aos desafios modernos, como a integração de tecnologias como a IA, esta crise pode ser um momento de viragem. Os Irmãos, fiéis às suas tradições, exigem explicações claras e uma liderança que respeite os seus valores. A situação continua a ser acompanhada de perto. #Maçonaria #RER #GPRF #MaçonariaFrança #CriseMaçónica #InteligênciaArtificial #Tradição #FrancoMaçonaria #Conflito #Actualidade
- José Bonifácio de Andrada e Silva: o Patriarca da Independência e a Maçonaria
Ciência, política e redes maçónicas na fundação do Brasil moderno. José Bonifácio de Andrada e Silva (1763–1838) entrou na história como o “Patriarca da Independência”. A sua figura atravessa tanto a política como a ciência, tanto a construção do Brasil como a reflexão sobre o destino de um país em busca de soberania. Formado em Coimbra, onde estudou Filosofia Natural e Direito, Bonifácio percorreu a Europa, convivendo com o ambiente intelectual da Ilustração. Tornou-se mineralogista de renome, membro de academias científicas e defensor de uma educação pública voltada para o progresso. Regressado ao Brasil, trouxe consigo não apenas o conhecimento científico, mas também o espírito crítico das Luzes. Foi nesse contexto que se aproximou da Maçonaria. Em 1822, participou ativamente da fundação do Grande Oriente do Brasil, espaço onde se reuniam políticos, jornalistas e militares que discutiam os rumos da independência. Bonifácio via na Maçonaria um ambiente de fraternidade e de disciplina, onde se podiam debater ideias de liberdade sem a vigilância direta do poder colonial. A sua relação com D. Pedro foi marcada por proximidade e tensão. Defendeu a emancipação política, mas também reformas sociais que tocavam interesses poderosos: o fim gradual da escravidão, a valorização do trabalho livre, a modernização das instituições. Nem sempre foi compreendido, e acabou afastado em vários momentos da vida pública. Ainda assim, deixou marcas profundas: foi ele quem aconselhou D. Pedro na proclamação da Independência e quem ajudou a delinear os primeiros passos da nova nação. O José Bonifácio maçom não pode ser separado do José Bonifácio estadista. A sua trajetória mostra como ciência, política e fraternidade se entrelaçaram num tempo em que o Brasil procurava definir-se. Patriota, reformador e homem de convicções, permanece símbolo de um país que nasceu entre sonhos de liberdade e desafios sociais ainda por cumprir. 👉 Leia também: “ A influência das Lojas Maçónicas na Independência do Brasil ” 👉 Leia também: “ A presença discreta da Maçonaria na formação do Brasil moderno ” Rua antiga com casas coloniais e igreja ao fundo no Brasil #JoséBonifácio #IndependênciaDoBrasil #Maçonaria #HistóriaDoBrasil #GrandeOriente
- A influência das Lojas Maçónicas na Independência do Brasil
Entre ideias de liberdade e redes discretas, a Maçonaria ajudou a preparar o caminho da emancipação. A proclamação da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, é um dos marcos mais lembrados da história política do país. Mas, para além do gesto solene de D. Pedro às margens do Ipiranga, houve um longo trabalho subterrâneo de ideias, articulações e encontros discretos. Muitos desses encontros aconteceram em Lojas Maçónicas. Desde o final do século XVIII que a Maçonaria se expandia pelo território brasileiro, acompanhando o movimento cultural da Ilustração e o despertar de um espírito crítico em relação ao domínio português. Já na Inconfidência Mineira (1789), figuras como Tiradentes foram associadas a ideais que circulavam em ambientes de sociabilidade próximos da Maçonaria. No Rio de Janeiro, no início do século XIX, destacavam-se duas Lojas: a Comércio e Artes e a União e Tranquilidade . Nelas se reuniam intelectuais, jornalistas, militares e comerciantes que viam na independência a condição necessária para modernizar o país. Entre eles, José Bonifácio de Andrada e Silva — mais tarde chamado o “Patriarca da Independência” — e Gonçalves Ledo, jornalista e político. Em 17 de junho de 1822, foi fundado o Grande Oriente do Brasil , estrutura que passou a coordenar o trabalho de várias Lojas e a organizar debates mais amplos sobre o futuro do país. O próprio D. Pedro chegou a ser iniciado, sob o nome simbólico de “Guatimozin”, uma referência ao último imperador asteca. Embora mais tarde se tenha afastado, a sua adesão simbolizou a importância que a Maçonaria já tinha como espaço de legitimação política. A influência maçónica não explica sozinha a independência, mas é inegável que ajudou a articular redes de confiança, a difundir ideais liberais e a aproximar homens que, em diferentes frentes, convergiam na mesma ambição: a construção de uma nação soberana. Hoje, passados mais de duzentos anos, essa memória continua presente. A Maçonaria brasileira não se limita ao passado — ela mantém-se como espaço de reflexão cívica e de defesa de valores que nasceram com a própria República. 👉 Leia também: “ A presença discreta da Maçonaria na formação do Brasil moderno ” 👉 Conheça a figura de José Bonifácio Bandeira do Brasil para ser hasteada no dia da Independência #Maçonaria #HistóriaDoBrasil #Independência #JoséBonifácio #DomPedroI #GrandeOriente
- A presença discreta da Maçonaria na formação do Brasil moderno
Entre o Império e a República, a Maçonaria ajudou a pensar o Brasil para além das conjunturas. A história oficial do Brasil costuma fixar-se em datas, proclamações e monumentos. Mas há sempre histórias subterrâneas, linhas de força invisíveis, que ajudam a compreender como um país se constrói. A Maçonaria foi uma dessas presenças: discreta, mas capaz de moldar mentalidades, articular vontades e inspirar ideais de liberdade. No início do século XIX, quando o Brasil ainda se debatia entre a condição de colónia e a aspiração de soberania, as Lojas Maçónicas tornaram-se espaços de sociabilidade intelectual e política. Não eram apenas locais de rituais: eram lugares de encontro entre homens de letras, militares, jornalistas e comerciantes que viam na independência não apenas uma mudança administrativa, mas a possibilidade de reformar profundamente a sociedade. A Maçonaria brasileira soube integrar-se na vida pública de modo singular. Ao mesmo tempo que guardava a sua dimensão iniciática e simbólica, não se fechou sobre si própria: irradiou para jornais, clubes, associações e universidades. Gonçalves Ledo escrevia, José Bonifácio discutia, D. Pedro frequentava. O segredo maçónico não era silêncio absoluto, mas disciplina que permitia que certas ideias circulassem com maior liberdade, num ambiente ainda vigiado pela coroa portuguesa. Não se trata de imaginar a Maçonaria como protagonista única da Independência ou da República. O Brasil nasceu da confluência de muitas forças — militares, populares, religiosas. Mas os maçons estavam lá, com a sua linguagem de igualdade, com a sua prática de fraternidade, com a sua visão de um país que pudesse afirmar-se diante do mundo. A fundação do Grande Oriente do Brasil em 1822 deu expressão institucional a essa presença, consolidando uma rede que rapidamente se expandiu por todo o território. Do Império à República, passando pelos períodos de instabilidade política do século XX, a Maçonaria manteve-se como espaço de sociabilidade crítica, guardando valores que iam além das conjunturas: liberdade, justiça social, laicidade, educação. Muitos intelectuais e políticos brasileiros encontraram nas Lojas não apenas companheiros, mas também uma gramática simbólica que os ajudava a pensar o país para além da luta imediata. Hoje, num tempo em que a democracia volta a enfrentar desafios e em que a cidadania parece muitas vezes ameaçada pela indiferença, recordar esse papel discreto mas decisivo da Maçonaria pode ser mais do que um exercício histórico. É uma forma de reconhecer que a construção do Brasil moderno não dependeu apenas de decretos ou proclamações: dependeu também de homens e ideias que ousaram imaginar uma nação livre, justa e fraterna. 👉 Leia também: A influência das Lojas Maçónicas na Independência do Brasil 👉 Conheça a figura de José Bonifácio, Patriarca da Independência Gravura histórica de maçons no Brasil do século XIX #Maçonaria #HistóriaDoBrasil #BrasilModerno #Império #República #GrandeOriente
- Nem mais uma palmada
Violência contra crianças não é educação. É tempo de a justiça portuguesa deixar de tolerar o intolerável. Quantas vezes mais teremos de ouvir notícias de crianças maltratadas, de pequenos corpos marcados por aquilo a que alguns ainda chamam “educação”? Quantas vezes mais será a violência justificada como tradição ou costume, quando na verdade é apenas brutalidade contra os mais frágeis? O Vice-Procurador-Geral da República, Carlos Adérito Teixeira, e a Presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e de Proteção das Crianças e Jovens, têm hoje uma responsabilidade que não pode ser adiada: afirmar, sem ambiguidades, que em Portugal não há espaço para a violência contra crianças — seja ela física, psicológica ou institucional. As estatísticas confirmam o que todos sabemos: a violência doméstica e os maus-tratos infantis continuam a atravessar silenciosamente as nossas casas e escolas. São histórias que raramente chegam às capas dos jornais, mas que deixam cicatrizes para toda a vida. Não são números: são rostos. São infâncias roubadas. Não basta sensibilizar. Não basta recomendar. É urgente legislar, aplicar e punir. É urgente que cada juiz, cada procurador, cada técnico recorde que o superior interesse da criança não é uma fórmula jurídica — é uma vida concreta que precisa de proteção. Por isso, repetimos com clareza: nem mais uma palmada . Nem mais um silêncio cúmplice. Nem mais um adiamento em nome da tradição ou da conveniência. Uma sociedade que aceita a violência contra os seus filhos é uma sociedade que trai a sua própria dignidade. O futuro começa no modo como cuidamos das nossas crianças. E não há futuro digno se a justiça não for clara, firme e exemplar. Nem mais uma palmada, nem mais um silêncio cúmplice. #DireitosDasCrianças #NemMaisUmaPalmada #Justiça #Portugal #InfânciaProtegida
- Philippe Guglielmi reeleito: novo impulso para o Grande Capítulo Geral do Rito Francês
Continuidade e renovação No dia 5 de setembro de 2025, os salões de l’Aveyron, em Bercy, receberam o Congresso dos Soberanos Capítulos do Grande Capítulo Geral do Rito Francês (GCGRF), ligado ao Grande Oriente de França. O encontro ficou marcado pela apresentação do relatório moral de Philippe Guglielmi, Muito Sábio Perfeito Grande Venerável, e pela sua reeleição, confirmando a confiança renovada dos delegados no seu trabalho e na visão que tem para o futuro do Rito Francês. Crescimento sólido e gestão rigorosa Desde a refundação do GCGRF em 1998, Guglielmi transformou uma pequena estrutura, com 19 capítulos e 315 membros, numa jurisdição dinâmica, que hoje reúne 225 capítulos e mais de seis mil irmãos e irmãs. Entre 2019 e 2024, registou-se uma expansão de 62,45%, sustentada por políticas de desenvolvimento inovadoras, sessões abertas ao público, apoio aos capítulos em dificuldades e medidas de incentivo financeiro. O resultado foi um exercício de 2024 encerrado com excedente, reservas equivalentes a 16 meses de orçamento e investimentos estratégicos em segurança informática e redução de custos. Fraternidade e solidariedade como prioridades Na sua intervenção, Guglielmi reafirmou que a fraternidade não é apenas um princípio ritual, mas um compromisso social. O fundo de solidariedade do GCGRF, com 50 mil euros, apoiou irmãos e irmãs em dificuldades, incluindo vítimas de catástrofes na Nova Caledónia e no Aude. A missão atribuída ao segundo Grande Inspetor para reforçar capítulos em risco de extinção mostra a vontade de combater “desertos maçónicos” e de manter viva a presença do Rito Francês em todo o território. Património histórico e defesa da laicidade Outro ponto central foi a valorização do património iniciático. Defendendo a liberdade de adaptação ritual dos capítulos, Guglielmi sublinhou a importância de preservar os traços fundamentais do Rito Francês, considerado o rito fundador do Grande Oriente de França. A revista Joaben e o Capítulo Nacional de Investigação continuam a promover debates de atualidade, como o tema “Ousar pensar o novo mundo”. O compromisso laico e republicano foi também sublinhado com a entrega do 13.º Prémio da Laicidade, atribuído a personalidades como Michèle Vitrac Pouzoulet e Vasco Lourenço , herói da Revolução dos Cravos em Portugal. Abertura internacional e visão humanista O GCGRF vive ainda um impulso internacional, com patentes recentemente concedidas ao Grande Oriente do Quebeque, à Grande Loja Mista Universal e a capítulos da Europa Central e de Leste. O Comité Ramsay, presidido por Guglielmi, organizou em junho último um colóquio sobre os contributos dos Altos Graus para um mundo em busca de sabedoria. Em perspetiva, estão previstas conferências virtuais para reforçar a ligação com capítulos da região africana e a criação de um fundo de apoio específico. Uma reeleição de confiança Na conclusão do seu relatório, Guglielmi alertou para a necessidade de defender o Rito Francês de tentativas de revisão histórica, sublinhando o seu papel essencial na maçonaria das Luzes. A sua reeleição foi celebrada por todos os delegados com o lema: “Viva a grande família do Rito Francês!” — expressão de uma adesão coletiva a uma visão humanista e fraterna que se reafirma num mundo marcado por conflitos e desigualdades. Abertura internacional e visão humanista #Maçonaria #RitoFrancês #GrandeOriente #PhilippeGuglielmi #Solidariedade #Laicidade
- Grande Loja de Cuba enfrenta escândalo financeiro com espírito de transparência e defesa institucional
Unidade contra a crise A Maçonaria cubana atravessa um momento delicado, após denúncias de desvio de fundos envolvendo antigos dirigentes. O caso, que veio a público em 2024, ganhou novo fôlego em agosto de 2025, quando o ex-Grão-Mestre Mario Urquía Carreño e o ex-Grande Tesoureiro Airam Cervera Reigosa devolveram um milhão de pesos cubanos à Grande Loja de Cuba. A restituição, confirmada em ato público com a presença de representantes do Ministério da Justiça, do Ministério do Interior e da Banco Nacional de Cuba, não encerrou a controvérsia. De acordo com informações divulgadas pela própria direção, continuam por esclarecer outros valores que poderão ultrapassar os 40 mil dólares ao câmbio oficial. Apesar do impacto inicial, a resposta da Grande Loja foi firme: denunciar publicamente as irregularidades, exigir responsabilidades e reforçar o princípio da transparência. O atual Grão-Mestre, Mayker Filema Duarte, destacou em comunicado oficial que a restituição parcial foi apenas um primeiro passo, reiterando a determinação da instituição em apurar a totalidade dos factos. Para além do prejuízo financeiro, o caso expôs a Maçonaria cubana a uma crise de reputação, amplificada pelo escrutínio mediático e pelas suspeitas de ingerência estatal. Ainda assim, o movimento maçónico respondeu com unidade, reafirmando a sua autonomia e os valores que o sustentam: liberdade, integridade e fraternidade. Vozes críticas lembram que o essencial não é apenas o montante devolvido, mas a necessidade de salvaguardar a honra e a credibilidade de uma instituição que há séculos se pauta pela defesa da dignidade humana. Nesse sentido, vários obreiros apelaram a que este episódio não seja visto apenas como escândalo, mas como oportunidade de reafirmação dos princípios fundadores da Maçonaria em Cuba. O processo segue agora em duas frentes: por um lado, a recuperação de eventuais montantes em falta; por outro, a reconstrução da confiança pública, num contexto em que a Maçonaria cubana insiste em ser reconhecida como espaço independente de construção cívica e moral. Grande Loja de Cuba responde a escândalo com apelo à transparência #Maçonaria #Cuba #GrandeLoja #Transparência #Fraternidade
- A Longevidade dos Valores
Valores que não envelhecem. Num tempo em que o ruído do imediato se sobrepõe à profundidade do essencial, importa recordar que há princípios que não envelhecem. A sociedade pode mudar de rosto, a política pode trocar de discurso, as tecnologias podem acelerar o passo; mas a dignidade da pessoa humana, a procura da verdade e a exigência da justiça permanecem como fundamentos intocáveis de qualquer vida em comum. A Maçonaria tradicional em Portugal nasceu e consolidou-se neste terreno: o de não ceder ao improviso nem ao oportunismo, o de manter no coração da cultura portuguesa um espaço de memória e de futuro. Há séculos que defendemos a liberdade de consciência, a laicidade do Estado, a igualdade de direitos e a fraternidade entre todos os seres humanos. Não o fazemos por moda, nem por interesse conjuntural. Fazemo-lo porque acreditamos que sem esses alicerces não existe civilização digna desse nome. Num país tantas vezes tentado pelo esquecimento, é preciso sublinhar: a pressa não pode ser critério de verdade. A indignação momentânea não pode substituir a construção paciente da justiça. A facilidade da propaganda não pode ocupar o lugar da responsabilidade cívica. Só quem confunde velocidade com progresso é capaz de vender o futuro ao preço da ansiedade de um dia. O papel da Maçonaria não é concorrer com os governos, nem disputar a atenção dos cidadãos no espaço mediático. É mais exigente e, por isso, mais discreto: lembrar que a liberdade não é dádiva eterna, mas conquista quotidiana; que a igualdade não se esgota em slogans eleitorais, mas pede políticas concretas; que a fraternidade não é um ornamento retórico, mas a medida real do cuidado que temos uns pelos outros. Ao longo da História, o país conheceu ciclos de esperança e de desencanto, de grandeza e de miséria. Se alguma coisa sobreviveu a todas as mudanças foi a certeza de que os valores, quando assumidos com convicção, duram mais do que os poderes que os negaram. E é nessa longevidade que a Maçonaria se revê: não como guardiã de um passado, mas como intérprete de um presente que precisa de futuro. Por isso, este é o nosso compromisso público: não ceder à pressa nem ao esquecimento. Construir com serenidade o que só o tempo valida. Defender, mesmo contra a corrente, que a dignidade humana, a justiça e a verdade não têm prazo de validade. E afirmar que a verdadeira grandeza de uma nação mede-se pelo respeito com que trata cada pessoa. Esse é, e continuará a ser, o lugar da Maçonaria na vida portuguesa: estar do lado do que permanece quando tudo o resto passa. Editorial Maçonaria – A Longevidade dos Valores #Maçonaria #Editorial #Valores #Liberdade #Justiça #Fraternidade
- Uma ajuda que chega a tempo
Maçons apoiam Centro Comunitário de Berkeley Vale com novo congelador A inesperada avaria de um dos congeladores do Berkeley Vale Neighbourhood Centre , na Costa Central da Austrália, podia ter comprometido o apoio alimentar a muitas famílias. Mas os Maçons locais voltaram a intervir, garantindo que a solidariedade não ficasse em risco. Na manhã de segunda-feira, um membro da direção do centro encontrou corredores e arrecadações alagados: um dos quatro congeladores onde se guardam alimentos para os mais carenciados tinha deixado de funcionar. Felizmente, no dia seguinte estava previsto o pequeno almoço semanal para as crianças da escola em frente ao centro — e, graças à rápida ação da equipa, o lanche foi servido sem falhas. Os Freemasons on the Central Coast (FotCC) , que já tinham apoiado anteriormente o centro, ofereceram de imediato um novo congelador. Para além disso, disponibilizaram ainda uma bomba de água que irá facilitar a rega da horta comunitária de Berkeley Vale. No dia 13 de agosto, os diretores Leigh Pollard, Chris Matthews e Graeme Ingall foram recebidos para um chá da manhã e uma visita às instalações, ocasião em que receberam o agradecimento oficial da equipa e da comunidade. O Berkeley Vale Neighbourhood Centre foi criado para servir as localidades vizinhas de Fountaindale, Chittaway Point, Berkeley Vale e Glenning Valley, oferecendo múltiplos serviços: a biblioteca de brinquedos Bilby Toy Library, a horta comunitária gerida por voluntários, grupos de atividades para crianças e mães de primeira viagem, apoio vocacional nas férias escolares, informação e encaminhamento para serviços de proximidade, grupo de caminhadas, biblioteca, apoio com vestuário e distribuição de cabazes alimentares. Um porta-voz dos FotCC sublinhou que o centro “realiza um trabalho extraordinário ao serviço da comunidade” e que os maçons “sentem sempre alegria em poder contribuir da forma que for necessária. Diretores maçons entregam novo congelador ao centro comunitário #Maçonaria #Solidariedade #Comunidade #Freemasons #BerkeleyVale
- A Grande Loja de França inaugura “O Cercle por Thierry Marx”
O restaurante do Hôtel de la Grande Loge de France, situado na rue Louis-Puteaux, em Paris, reabre as suas portas sob um novo nome e uma nova ambição. A partir de 4 de setembro de 2025, “Le Cercle par Thierry Marx” apresenta-se como um espaço renovado, fruto de uma parceria entre a Grande Loja de França (GLDF) e o prestigiado chef francês Thierry Marx. Mais do que uma mudança gastronómica, trata-se de um projeto que alia tradição, inovação e um espírito humanista, integrando a excelência culinária com valores de inclusão social e cidadania. Uma aliança entre fraternidade e gastronomia Thierry Marx, figura central da cozinha francesa e internacional, é conhecido tanto pela sua criatividade como pelo empenho em causas sociais. O chef tem apostado, ao longo da carreira, em programas de formação e reinserção profissional, oferecendo novas oportunidades a pessoas em situações de fragilidade. Com a GLDF, esta visão ganha agora um palco inédito: um restaurante que se afirma como lugar de encontro, partilha e diálogo entre maçons e sociedade civil. O primeiro contacto entre a Obediência e o chef ocorreu já em março, quando Marx foi responsável pelo serviço de catering durante a inauguração do novo museu da GLDF. A qualidade e a visão do cozinheiro abriram caminho para negociações conduzidas por Jean-Paul O’Meny e, mais tarde, finalizadas sob a liderança do novo Grão-Mestre, Jean-Raphaël Notton. Um espaço redesenhado Durante o verão, o restaurante passou por obras profundas: atualização de normas, modernização do espaço e uma decoração pensada para tornar o ambiente mais acolhedor e luminoso. O resultado é um espaço que combina elegância com simplicidade, refletindo a ambição de transformar cada refeição numa experiência de convivência fraterna. A carta foi igualmente repensada: entradas entre 4 e 9 euros, pratos do dia a 15 euros e sobremesas de 6 a 8 euros. Preços acessíveis que procuram conciliar qualidade gastronómica com abertura à comunidade maçónica e, em breve, ao público em geral. Do templo à cidade A GLDF já anunciou que, após algumas semanas dedicadas exclusivamente aos irmãos, o restaurante abrirá também as suas portas ao público em horário de almoço, de segunda a sexta-feira. A decisão acompanha o espírito de abertura iniciado com o novo museu, reforçando a ligação entre a instituição maçónica e a sociedade. Com a notoriedade de Thierry Marx e a curiosidade despertada pelo espaço, a Grande Loja de França procura derrubar barreiras entre o interior e o exterior do templo, convidando profanos a conhecer e a partilhar um espaço onde a fraternidade se serve à mesa. Uma mesa fraterna “Queridos irmãos e irmãs, este novo espaço oferece-se a todos como lugar de partilha e descoberta. Que seja palco de refeições, encontros e diálogos que prolonguem no quotidiano o espírito de fraternidade que nos une”, declarou a Obediência na apresentação do projeto. A primeira refeição está marcada para 4 de setembro, num jantar reservado aos membros da GLDF. Depois, como sublinha o próprio Grão-Mestre Jean-Raphaël Notton, será a vez de “ousar empurrar as portas… do Cercle”. Inauguração do restaurante “Le Cercle par Thierry Marx” na Grande Loja de França #GLDF #ThierryMarx #Maçonaria #Fraternidade #Inclusão #Cultura #Paris
- La Franc-maçonnerie et le retour de la Lumière
Dois autores exploram a dimensão espiritual da iniciação. Foi publicado em França o livro La Franc-maçonnerie et le retour de la Lumière , da autoria de Gilles Ducret e Pierre-Éric Parizot. A obra, editada pela Numérilivre na coleção Voies de la Connaissance , propõe uma reflexão profunda sobre a dimensão espiritual da iniciação e a atualidade da tradição maçónica. Gilles Ducret, iniciado no Rito Escocês Retificado em 1978, e Pierre-Éric Parizot, com percurso no Rito Escocês Antigo e Aceite e no RER desde 1992, apresentam um diálogo entre memória histórica e vivência contemporânea da Maçonaria. Longe de um tratado dogmático, o livro é apresentado como um convite à meditação e ao reencontro da Luz, símbolo da busca interior e da construção do templo espiritual. A primeira de capa e as ilustrações ficaram a cargo da artista Julie Lô, do Centro Internacional das Tradições da Imagem de Luz (CITIL), fundado pelo mestre iluminador Jean-Luc Leguay. O seu contributo acrescenta uma dimensão simbólica e artística ao percurso delineado pelos autores. La Franc-maçonnerie et le retour de la Lumière (160 páginas, 22 €) já se encontra disponível em França e dirige-se a todos aqueles que procuram compreender a essência da iniciação e da espiritualidade maçónica no mundo contemporâneo. Capa do livro La Franc-maçonnerie et le retour de la Lumière #Maçonaria #Espiritualidade #Iniciação #LivrosMaçónicos #Luz
- Um País Sem Memória
Sem memória, a liberdade corre o risco de se tornar apenas rotina. Um país sem memória esquece demasiado depressa os sacrifícios que o fizeram nascer livre. Esquece os que tombaram, os que lutaram, os que ergueram palavras quando só se conheciam grilhetas. Hoje, a ameaça já não vem de baionetas, mas do cansaço, da indiferença e do discurso que normaliza o ódio. A cada silêncio cúmplice, perde-se um pedaço daquilo que chamamos pátria. E se a liberdade não for cuidada todos os dias, um dia acordaremos sem ela. O dever do jornalismo é recordar, interrogar, resistir. Editorial — Um País Sem Memória #Editorial #Memória #Liberdade #Democracia #MyFraternity
- Dorset: Dia de atividades reuniu 100 crianças com apoio da Maçonaria
Um encontro solidário que promove amizade, coragem e novas descobertas. Mais de uma centena de crianças de escolas, associações e grupos comunitários de Dorset viveu um dia inesquecível de atividades ao ar livre, numa iniciativa promovida pela Maçonaria local. O encontro, conhecido como Ashlars , decorreu no espaço Max Events, em Bere Regis, e incluiu desafios de tiro, arco e flecha, técnicas de sobrevivência, jogos de equipa e até futebol humano. Criado em 2022 para assinalar o Jubileu de Platina da Rainha Isabel II, o projeto ultrapassou as expectativas e já envolveu, ao longo de quatro edições, cerca de 400 jovens. O evento é totalmente financiado e organizado pelos maçons de Dorset, com o apoio de dezenas de voluntários. “É uma forma de retribuirmos à comunidade, não só com meios financeiros, mas sobretudo com tempo e presença. Ver as crianças a sorrir no final é a melhor prova do sucesso da iniciativa”, afirmou Steve James, responsável pela Maçonaria no condado. A edição deste ano contou com a participação de jovens acompanhados por instituições como a Mosaic — dedicada a crianças em luto — e a MyTime , que apoia cuidadores em idade escolar, além de cadetes do Exército britânico. O objetivo central é simples: proporcionar experiências diferentes, estimular a autoconfiança e fomentar amizades. Como resume Amelia Ward, voluntária presente desde a primeira edição: “O mais bonito é ver como os jovens chegam tímidos e acabam o dia com novos amigos, mais seguros e cheios de energia”. Com inscrições esgotadas e testemunhos entusiasmados, o Ashlars confirma-se como um exemplo de solidariedade prática e comunitária, em que valores de fraternidade e cidadania se transformam em dias felizes para os mais novos. O futebol humano foi uma das atividades que mais divertiu os participantes no encontro Ashlars. #Dorset #Maçonaria #Solidariedade #Comunidade #Infância
- Manifesto pela Ética Pública: um desafio para a Democracia no século XXI
Um ensaio sobre a relação entre tradição maçónica e responsabilidade cívica na sociedade contemporânea Introdução As democracias do século XXI enfrentam um paradoxo inquietante: por um lado, nunca houve tanta informação disponível, tanta mobilização possível e tantas ferramentas de participação cidadã; por outro, a confiança nas instituições públicas encontra-se em queda, e a sensação de impunidade e corrupção corrói a vida coletiva. É neste contexto que, em 2023, o Centro de Estudos Fernando Pessoa apresentou o Manifesto pela Ética Pública , um documento que procura ligar a tradição maçónica ao imperativo contemporâneo da responsabilidade cívica. Este estudo analisa o conteúdo, o alcance e a atualidade do Manifesto, sublinhando o papel que os valores maçónicos podem desempenhar na reconstrução de uma ética pública capaz de sustentar as democracias modernas. A crise da confiança nas instituições Desde a crise financeira de 2008, as democracias ocidentais têm sofrido com uma erosão constante da confiança popular. Casos de corrupção, tráfico de influências, falta de transparência e promessas políticas não cumpridas criaram um cenário de desconfiança generalizada. As sondagens em Portugal e em vários países europeus confirmam esta tendência: parlamentos, governos e até tribunais são frequentemente vistos como distantes da vida real e vulneráveis a interesses privados. A crescente presença de movimentos populistas e extremistas é, em grande parte, consequência desta crise de confiança. Perante este cenário, torna-se evidente que a democracia não pode viver apenas de regras formais; necessita de uma cultura ética partilhada . A tradição maçónica como escola de ética pública A Maçonaria, ao longo da sua história, afirmou-se como uma escola de valores. Através de símbolos, rituais e reflexão filosófica, procura formar cidadãos livres e responsáveis, capazes de intervir na sociedade com espírito crítico e sentido de fraternidade. Os princípios de liberdade, igualdade e fraternidade não são apenas máximas retóricas: constituem um projeto civilizacional. Desde o Iluminismo, a Maçonaria tem insistido que o progresso humano depende tanto de instituições fortes como de cidadãos virtuosos. Assim, quando o Centro de Estudos Fernando Pessoa publica um Manifesto pela Ética Pública, está a colocar a tradição maçónica ao serviço da comunidade mais ampla, transformando valores simbólicos em compromissos concretos para a vida democrática. O conteúdo fundamental do Manifesto O Manifesto de 2023 assenta em três eixos centrais: Transparência O exercício do poder deve ser claro e escrutinável. Decisões públicas exigem justificações públicas. Sem transparência, a confiança não pode existir. Responsabilidade Governantes, gestores e cidadãos são responsáveis pelas suas ações. A ética pública não pode ser apenas um código escrito; deve ser prática efetiva, com consequências para a violação das regras. Solidariedade A democracia não se esgota no voto. Exige um compromisso ativo com o bem comum e uma consciência social que ultrapasse o individualismo. Estes três pilares — transparência, responsabilidade e solidariedade — são apresentados como fundamentos para uma vida pública renovada. A ligação com os valores universais da Maçonaria O Manifesto não surge isolado: é continuidade de uma longa tradição. Ao insistir na ética pública, retoma o antigo princípio maçónico de que a construção do templo interior deve refletir-se na construção do templo social . A transparência corresponde à luz, que dissipa as trevas da ignorância e da ocultação. A responsabilidade é o peso da pedra angular, que sustenta todo o edifício. A solidariedade é a argamassa invisível que liga as pedras, tornando-as mais fortes do que isoladas. Assim, o Manifesto é tanto uma atualização contemporânea como uma reafirmação de valores simbólicos. Relevância para os desafios atuais Em 2023, a publicação do Manifesto foi recebida como um gesto oportuno. Vivemos numa época marcada por: Populismos que exploram a desconfiança sem oferecer soluções estruturais. Crises ambientais que exigem uma ética de responsabilidade global. Desigualdades sociais que corroem a coesão comunitária. Tecnologias digitais que tanto podem reforçar a democracia como criar novas formas de manipulação. A ética pública proposta pelo Manifesto responde a estes desafios com uma visão integradora. Não se trata apenas de combater a corrupção, mas de construir um horizonte de confiança onde política, economia e sociedade civil possam cooperar. Um apelo pedagógico Mais do que um texto jurídico ou normativo, o Manifesto pela Ética Pública é também um instrumento pedagógico . Dirige-se não apenas aos decisores políticos, mas a cada cidadão. Recorda que a ética não é monopólio das instituições: nasce no comportamento individual e alastra ao coletivo. Ao colocar este documento à disposição pública, o Centro de Estudos Fernando Pessoa assume uma vocação de educação cívica , relembrando que a democracia só se sustenta quando todos assumem a responsabilidade de a praticar no quotidiano. Conclusão O Manifesto pela Ética Pública (2023) representa uma resposta necessária a uma das maiores crises do nosso tempo: a erosão da confiança nas instituições democráticas. Inspirado na tradição maçónica, propõe um caminho assente na transparência, na responsabilidade e na solidariedade. Mais do que um documento interno, é um contributo cultural e cívico para o debate público. Reafirma que a Maçonaria não vive fechada sobre si mesma, mas empenhada em participar na construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Num século em que a democracia se vê ameaçada pela apatia, pelo populismo e pela desinformação, este Manifesto é uma bússola. Aponta para um futuro onde a ética não seja apenas palavra, mas fundamento da vida coletiva. Manifestação simbólica em defesa da ética pública e da democracia #ÉticaPública #Democracia #Transparência #Responsabilidade #Solidariedade #CentroDeEstudos #Maçonaria
- Declaração de Princípios de 1989 – Consolidação da Maçonaria Portuguesa
Introdução O ano de 1989 permanece inscrito na memória coletiva como um momento de rutura e renovação. Foi o ano da queda do Muro de Berlim, símbolo do fim de um ciclo ideológico marcado pela divisão entre blocos; foi o ano em que a democracia consolidada no sul da Europa ganhou maior reconhecimento internacional; foi também o ano em que, em Portugal, a Maçonaria deu um passo decisivo para afirmar a sua identidade, aprovando a Declaração de Princípios da Maçonaria Regular Portuguesa . Este documento, discreto à época, tornou-se pedra angular de um processo de institucionalização que viria a marcar o desenvolvimento da Maçonaria nacional nas décadas seguintes. Mais do que um texto administrativo ou interno, a Declaração de 1989 deve ser lida como um sinal dos tempos: um esforço consciente para situar a Maçonaria no Portugal democrático, recuperando tradições éticas universais e, ao mesmo tempo, respondendo aos desafios da modernidade. A Maçonaria em Portugal antes de 1989 Desde a Revolução de 1974, que pôs fim ao Estado Novo, a Maçonaria em Portugal atravessava um processo de reorganização. A longa noite da ditadura, que marginalizara ou perseguira os seus membros, tinha deixado marcas profundas: arquivos dispersos, tradições interrompidas, reputações manchadas por campanhas de propaganda hostil. Durante a primeira década da democracia, diferentes grupos maçónicos procuraram reconstruir a vida fraternal, mas o caminho não foi linear. A diversidade de sensibilidades — ora mais liberais, ora mais conservadoras, ora mais voltadas para o estudo simbólico, ora mais para a intervenção cívica — gerava tensões. Faltava um documento que, sem apagar diferenças legítimas, estabelecesse uma base comum de entendimento e princípios. O conteúdo central da Declaração A Declaração de Princípios de 1989 respondia precisamente a essa necessidade. O seu núcleo pode resumir-se em três eixos: Liberdade de consciência O documento reafirmava que a Maçonaria não impunha dogmas religiosos nem políticos. Cada maçon é livre de crer ou não crer, de escolher a sua tradição espiritual ou filosófica, desde que respeite os mesmos direitos nos outros. Esta liberdade de consciência, herança das Luzes, é apresentada como valor fundador. Defesa dos direitos humanos A Declaração inscrevia a Maçonaria portuguesa no espírito universalista da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948. A dignidade da pessoa, a igualdade entre homens e mulheres, a rejeição de discriminações de origem ou crença, eram colocadas como compromissos inegociáveis. Rejeição do extremismo político e religioso Vindo de um país que durante décadas conhecera uma ditadura autoritária e onde a religião fora usada como instrumento de poder, o texto era claro: a Maçonaria não se confundia com partidos nem com igrejas, e devia manter-se independente de qualquer forma de manipulação política ou clerical. O impacto imediato A aprovação desta Declaração teve um impacto quase imediato em dois níveis. No plano interno , ofereceu um referencial que permitiu unir diferentes obediências e dar consistência a novos trabalhos. Não anulou divergências, mas forneceu um solo comum. Muitos maçons reconheceram nesse texto uma bússola que permitia avançar sem receio de perder a tradição essencial. No plano externo , facilitou o reconhecimento por parte de outras obediências maçónicas internacionais. O fim dos anos 80 foi também o tempo em que a Maçonaria portuguesa se reinseriu plenamente no espaço europeu, dialogando com França, Espanha, Inglaterra e Brasil. A existência de uma Declaração clara e moderna ajudou a dissipar receios de que o renascimento português fosse apenas fragmentado ou nostálgico. A Declaração vista 30 anos depois Passadas mais de três décadas, a Declaração de 1989 continua a ser um documento de referência. Se, em muitos aspetos, o seu conteúdo pode parecer evidente — quem contestaria hoje a liberdade de consciência ou os direitos humanos? —, convém recordar que a evidência nem sempre se traduz em prática. Nos últimos anos, a Europa e o mundo assistiram a novos populismos, extremismos e formas subtis de autoritarismo. A liberdade religiosa continua a ser violada em muitos países, a igualdade de género não está consolidada, e a dignidade humana é ameaçada por fenómenos como a pobreza estrutural, a guerra e a migração forçada. Neste contexto, a leitura da Declaração revela-se surpreendentemente atual. Não se trata apenas de um documento histórico: é também um guião ético que pode inspirar a ação maçónica e cívica no presente. Valor simbólico e ético A força de um documento não reside apenas no que enuncia, mas no simbolismo que transmite. A Declaração de 1989 representou, para os maçons portugueses, a afirmação de que era possível estar enraizado na tradição e, ao mesmo tempo, aberto ao futuro. Representou também a coragem de assumir, sem receio, uma identidade cívica num país onde durante décadas a Maçonaria fora objeto de preconceito. O seu valor ético está em recordar que a fraternidade não é uma palavra abstrata, mas uma prática que exige respeito pela liberdade do outro. Está em reafirmar que a política e a religião, sendo dimensões legítimas da vida, não podem ser instrumentalizadas para sufocar a consciência individual. Conclusão Lida hoje, a Declaração de Princípios de 1989 é um testemunho de maturidade da Maçonaria portuguesa. Nasceu num tempo de mudanças globais, mas soube traduzir para a realidade nacional os valores universais de liberdade, igualdade e fraternidade. Para o Centro de Estudos My Fraternity, este documento é mais do que uma peça de arquivo: é um exemplo de como a palavra escrita pode moldar instituições e inspirar gerações. É um lembrete de que a Maçonaria não vive de rituais fechados em si mesmos, mas de compromissos públicos com a dignidade humana. Quadro simbólico da Grande Loja Nacional Portuguesa #Maçonaria #História #CentroDeEstudos #Declaração1989 #Ética #Fraternidade
- Política de Privacidade — Proteção de Dados no My Fraternity
Política de Privacidade A My Fraternity – Agência Internacional de Imprensa Maçónica valoriza a privacidade e a proteção dos dados pessoais de todos os seus visitantes, leitores e membros. Esta Política de Privacidade explica de que forma recolhemos, utilizamos e protegemos a informação dos utilizadores que acedem ao nosso site, bem como os direitos que lhes assistem. 1. Quem somos O site myfraternity.org é um espaço digital de informação e cultura dedicado à Maçonaria, história, sociedade e temas relacionados. A sua gestão é feita pela equipa editorial do My Fraternity, com sede em Portugal. Para qualquer questão relacionada com a proteção de dados, pode contactar-nos através do formulário disponível no site ou pelo endereço eletrónico indicado na página de contacto. 2. Dados que recolhemos Recolhemos apenas os dados estritamente necessários para o bom funcionamento do site e para a prestação dos serviços solicitados pelos utilizadores: Dados fornecidos diretamente : nome, email, telefone ou outra informação introduzida voluntariamente em formulários de contacto, subscrição de newsletter ou registo de membros. Dados de navegação : endereço IP, tipo de dispositivo, navegador utilizado e estatísticas anónimas de uso (através de cookies e ferramentas analíticas). 3. Finalidades do tratamento Os dados recolhidos destinam-se a: Enviar conteúdos, notícias e comunicações relacionadas com o site. Permitir o registo de membros e a gestão de acessos. Responder a pedidos de contacto ou mensagens recebidas. Garantir a segurança do site e prevenir usos abusivos. Cumprir obrigações legais aplicáveis. 4. Cookies e tecnologias semelhantes O site utiliza cookies para melhorar a experiência do utilizador. Estes podem ser: Essenciais : necessários para o funcionamento do site. Funcionais : guardam preferências e facilitam a navegação. Analíticos : permitem medir estatísticas de acesso e desempenho. De marketing : usados em integração com redes sociais ou publicidade. Os utilizadores podem aceitar, recusar ou personalizar o uso de cookies através do banner de consentimento apresentado ao entrar no site, bem como alterar as definições a qualquer momento. 5. Partilha de dados O My Fraternity não vende nem cede dados pessoais a terceiros . Apenas podem ser partilhados com serviços externos estritamente necessários ao funcionamento do site (por exemplo: Google Analytics ou redes sociais), sempre de forma limitada e para fins técnicos. 6. Direitos dos utilizadores Nos termos da legislação aplicável, os utilizadores têm o direito de: Aceder aos seus dados pessoais. Solicitar a sua retificação ou eliminação. Limitar ou opor-se ao tratamento. Retirar o consentimento previamente dado (ex.: cookies não essenciais). Apresentar reclamação junto da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) , em Portugal. 7. Segurança dos dados Adotamos medidas de segurança adequadas para proteger os dados pessoais contra acesso não autorizado, alteração, divulgação ou destruição. No entanto, nenhum sistema é absolutamente seguro, pelo que não podemos garantir proteção total contra todas as ameaças externas. 8. Alterações à Política Esta Política de Privacidade pode ser atualizada periodicamente. Sempre que isso acontecer, será publicada uma versão revista nesta página, com indicação da data de atualização. 9. Contacto Para mais informações sobre privacidade ou para exercer os seus direitos, pode contactar-nos através do formulário de contacto disponível no site myfraternity.org . 📌 Última atualização: setembro de 2025 Proteção de Dados no My Fraternity #Privacidade #ProteçãoDeDados #GDPR #MyFraternity
- Macron na GLDF: A República saúda a Maçonaria
Macron presta homenagem à GLDF e destaca papel da maçonaria na República Paris, 6 de maio de 2025 — Numa visita simbólica e carregada de significado republicano, o Presidente Emmanuel Macron esteve esta semana na sede da Grande Loja de França (GLDF), reconhecendo a contribuição histórica e atual da maçonaria para os valores fundadores da República: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A presença do Chefe de Estado foi saudada como um gesto de reconhecimento institucional e de respeito pelo papel discreto mas influente que a GLDF desempenha na vida cívica e ética da nação. Recebido pelo Grão-Mestre Thierry Zaveroni, Macron sublinhou a importância do pensamento livre e do humanismo como fundamentos essenciais da democracia francesa. “A maçonaria, especialmente a Grande Loja de França, tem sido, ao longo dos séculos, um espaço de reflexão, de construção de pontes e de aprofundamento dos ideais republicanos”, declarou o Presidente num discurso onde destacou a laicidade como um pilar de coesão e não de divisão. Durante a cerimónia, Zaveroni lembrou que a divisa republicana já figurava nos livros da GLDF em 1795, ilustrando a profunda ressonância entre os valores maçónicos e os da República. A evocação dessa continuidade histórica foi recebida com entusiasmo por muitos irmãos da ordem, reafirmando a legitimidade espiritual e iniciática da GLDF como herdeira de uma tradição viva. “A visita do Presidente não é apenas uma honra; é um sinal forte de diálogo e reconhecimento mútuo entre as instituições da República e os espaços de pensamento independente como a nossa obediência”, declarou um dignitário presente. Para muitos, esta visita representa também um antídoto contra as caricaturas que por vezes obscurecem o papel da maçonaria na sociedade contemporânea. A ampla maioria dos participantes e observadores destacou o espírito de abertura e a reafirmação da missão ética da maçonaria. “Mais do que reivindicar datas, importa afirmar uma continuidade de valores”, sublinhou um irmão. Num momento em que o mundo enfrenta crises sociais, ecológicas e éticas profundas, a aproximação entre o poder político e os espaços de reflexão iniciática como a GLDF surge como um sinal de esperança e de compromisso com um diálogo fundamentado no respeito, na laicidade e na dignidade humana. A Grande Loja de França, fundada na sua forma atual em 1894, continua assim a exercer um papel sereno mas influente na construção da cidadania e na defesa do espírito republicano. A visita de Macron, longe de ser um gesto protocolar, foi lida como um tributo à tradição, à discrição e à universalidade dos ideais maçónicos. Macron saúda a GLDF: Um encontro de valores e história #Macron #GLDF #Maçonaria #Laicidade #RepúblicaFrancesa #LiberdadeIgualdadeFraternidade #ThierryZaveroni #HistóriaMaçônica #Civismo #ValoresRepublicanos
- Thierry Zaveroni em Tours: Grão-Mestre da Maçonaria Francesa em Conferência Pública
Thierry Zaveroni, Grão-Mestre da Grande Loja de França, em conferência pública em Tours Tours, 2 de Maio de 2025 – Thierry Zaveroni, Grão-Mestre da Grande Loja de França desde 2022, estará esta sexta-feira na cidade de Tours, onde irá proferir uma conferência pública na Câmara Municipal. Sob o tema "A Grande Loja de França: uma busca interior e de valores para construir um mundo melhor" , o encontro propõe-se a aprofundar o entendimento sobre a maçonaria e a sua relevância na sociedade contemporânea. Com raízes históricas que remontam à tradição maçónica do século XVIII, a Grande Loja de França é considerada a mais antiga obediência regular do país, reunindo 945 lojas e mais de 31.500 membros . Segundo o seu Grão-Mestre, a instituição assenta num modelo democrático e humanista , promovendo valores de liberdade, fraternidade e desenvolvimento espiritual. Entre as quatro lojas da Grande Loja de França estabelecidas em Tours, destaca-se a Concorde Écossaise , que assinala este fim de semana cinquenta anos de existência — efeméride que contará também com a presença de Zaveroni nas celebrações oficiais no sábado. A conferência, marcada para esta sexta-feira, às 18h, na Sala de Honra da Câmara Municipal, abordará temas como o autoconhecimento, a ética, o progresso interior e o compromisso com causas universais . “A espiritualidade maçónica convida cada irmão a um trabalho profundo sobre si próprio. Mas esse esforço pessoal é inseparável do ideal de um mundo mais justo e consciente”, afirmou o Grão-Mestre em declarações prévias. A Grande Loja de França mantém relações de fraterna proximidade com a Grande Loja Nacional Portuguesa , com quem partilha os mesmos princípios fundadores da maçonaria tradicional e regular, numa ligação que ultrapassa fronteiras e reforça os laços históricos entre as duas instituições. Zaveroni sublinhou ainda que, para além da dimensão espiritual, a Grande Loja de França promove trabalhos de reflexão sobre desafios contemporâneos como o fim de vida, a inteligência artificial, a sustentabilidade ambiental e o papel do humano na sociedade tecnológica. “O nosso objetivo é também abrir as portas à sociedade civil, desmistificando a maçonaria e mostrando que é uma via de consciência e serviço”, concluiu. #Maçonaria #ThierryZaveroni #GrandeLojadeFrança #Tours2025 #ConferênciaMaçónica #ValoresHumanistas #MaçonariaPortugal #GLNP
- Nota de Pesar – Falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco | G∴L∴N∴P∴ – Gabinete de Imprensa nº XIV-XV-2023-2025
Gabinete de Imprensa nº. XIV-XV-2023-2025 Nota de Pesar – Papa Francisco A Grande Loja Nacional Portuguesa vem, com sentimento profundo, prestar homenagem à memória de Sua Santidade o Papa Francisco. ∴ Homem de fé silenciosa e firme, deixou uma marca singular num tempo conturbado, em que a palavra perdeu muitas vezes o peso da verdade. ∴ A sua presença, discreta, mas intensa, soube abrir espaço ao diálogo e à escuta, mesmo quando o ruído era grande e o entendimento escasso. ∴ A sua vida foi de serviço, sem vaidade, com convicção. ∴ E é com respeito e admiração que reconhecemos no seu exemplo uma lição de humildade, coragem e consciência. ∴ À Igreja que chorará a sua ausência, e aos homens e mulheres de boa vontade que nele encontraram luz, deixamos o nosso respeito e solidariedade. ∴ Com gratidão e silêncio, 21 de Abril de 2025, a Oriente de Portugal Nuno Tinoco Ferreira XV Grão-Mestre da Grande Loja Nacional Portuguesa Nota de Pesar – Papa Francisco – G∴L∴N∴P∴ #PapaFrancisco #NotaDePesar #Maçonaria #GLNP #GrãoMestre #FéEHumildade #Diálogo #GrandeLojaNacionalPortuguesa #OGV #GabineteDeImprensa
- Nota de Pesar pelo Falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco – GV – 21 Abril 2025
Balaústre: - GV- 21 Abril 2025 – Nota de pesar. Foi com profunda tristeza que o Soberano Grande Capítulo dos Cavaleiros Rosa-Cruz 1804 de Portugal – Grande Capítulo Geral do Rito Moderno ou Francês, Potência Maçónica independente, recebeu a notícia do falecimento do Papa Francisco. A sua liderança, marcada pela humildade, pela compaixão e por um profundo compromisso com os mais vulneráveis, deixa um legado indelével, não apenas na Igreja Católica, mas em todo o mundo, independentemente dos credos religiosos dos cidadãos, onde quer que estejam. Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco inspirou milhões de pessoas, transcendendo fronteiras religiosas, com a sua mensagem de esperança, de misericórdia e de justiça social. A sua voz, firme na defesa do diálogo e da paz, ecoou em todos os cantos do planeta, apelando à união e à solidariedade entre os povos. O Soberano Grande Capítulo dos Cavaleiros Rosa-Cruz 1804 recorda com gratidão o seu incansável trabalho em prol da ecologia integral, da defesa dos direitos humanos e da promoção de uma Igreja mais inclusiva e próxima dos seus fiéis, bem como de todos os homens e todas as mulheres, nomeadamente dos que sofrem o flagelo da fome, da miséria, e da guerra. O seu exemplo de simplicidade e de serviço permanecerá para sempre nas nossas recordações. Neste momento de luto, expressamos as nossas mais sinceras condolências à Igreja Católica, aos seus fiéis e a todos aqueles que foram tocados pela sua presença e pelas suas palavras. Embora defensor dos princípios de uma religiosidade laica, o Soberano Grande Capítulo dos Cavaleiros Rosa-Cruz 1804, que acolhe membros das mais diversas crenças religiosas e até agnósticos e ateus, revê-se nos exemplos de Fraternidade que o Papa Francisco sempre espalhou ao longo do seu pontificado, pugnando pela Igualdade entre as mulheres e os homens de todas as geografias, independentemente das respectivas condições sociais. Choramos a morte do Homem. Esperamos que o próximo Pontífice seja um sábio continuador da obra de Jorge Mario Bergoglio. Choremos e Esperemos! Porto, 21 de Abril de 2025 (e v) Liberdade – Igualdade – Fraternidade. O G∴V∴ Belmiro Sousa #PapaFrancisco #NotaDePesar #Maçonaria #CavaleirosRosaCruz #RitoModerno #GrandeCapítuloGeral #FraternidadeUniversal #OGV #LiberdadeIgualdadeFraternidade #GV2025