A influência das Lojas Maçónicas na Independência do Brasil
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Entre ideias de liberdade e redes discretas, a Maçonaria ajudou a preparar o caminho da emancipação.
A proclamação da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, é um dos marcos mais lembrados da história política do país. Mas, para além do gesto solene de D. Pedro às margens do Ipiranga, houve um longo trabalho subterrâneo de ideias, articulações e encontros discretos. Muitos desses encontros aconteceram em Lojas Maçónicas.
Desde o final do século XVIII que a Maçonaria se expandia pelo território brasileiro, acompanhando o movimento cultural da Ilustração e o despertar de um espírito crítico em relação ao domínio português.
Já na Inconfidência Mineira (1789), figuras como Tiradentes foram associadas a ideais que circulavam em ambientes de sociabilidade próximos da Maçonaria.
No Rio de Janeiro, no início do século XIX, destacavam-se duas Lojas: a Comércio e Artes e a União e Tranquilidade.
Nelas se reuniam intelectuais, jornalistas, militares e comerciantes que viam na independência a condição necessária para modernizar o país. Entre eles, José Bonifácio de Andrada e Silva — mais tarde chamado o “Patriarca da Independência” — e Gonçalves Ledo, jornalista e político.
Em 17 de junho de 1822, foi fundado o Grande Oriente do Brasil, estrutura que passou a coordenar o trabalho de várias Lojas e a organizar debates mais amplos sobre o futuro do país.
O próprio D. Pedro chegou a ser iniciado, sob o nome simbólico de “Guatimozin”, uma referência ao último imperador asteca.
Embora mais tarde se tenha afastado, a sua adesão simbolizou a importância que a Maçonaria já tinha como espaço de legitimação política.
A influência maçónica não explica sozinha a independência, mas é inegável que ajudou a articular redes de confiança, a difundir ideais liberais e a aproximar homens que, em diferentes frentes, convergiam na mesma ambição: a construção de uma nação soberana.
Hoje, passados mais de duzentos anos, essa memória continua presente.
A Maçonaria brasileira não se limita ao passado — ela mantém-se como espaço de reflexão cívica e de defesa de valores que nasceram com a própria República.
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