Grande Loja de Cuba enfrenta escândalo financeiro com espírito de transparência e defesa institucional
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Unidade contra a crise
A Maçonaria cubana atravessa um momento delicado, após denúncias de desvio de fundos envolvendo antigos dirigentes.
O caso, que veio a público em 2024, ganhou novo fôlego em agosto de 2025, quando o ex-Grão-Mestre Mario Urquía Carreño e o ex-Grande Tesoureiro Airam Cervera Reigosa devolveram um milhão de pesos cubanos à Grande Loja de Cuba.
A restituição, confirmada em ato público com a presença de representantes do Ministério da Justiça, do Ministério do Interior e da Banco Nacional de Cuba, não encerrou a controvérsia.
De acordo com informações divulgadas pela própria direção, continuam por esclarecer outros valores que poderão ultrapassar os 40 mil dólares ao câmbio oficial.
Apesar do impacto inicial, a resposta da Grande Loja foi firme: denunciar publicamente as irregularidades, exigir responsabilidades e reforçar o princípio da transparência.
O atual Grão-Mestre, Mayker Filema Duarte, destacou em comunicado oficial que a restituição parcial foi apenas um primeiro passo, reiterando a determinação da instituição em apurar a totalidade dos factos.
Para além do prejuízo financeiro, o caso expôs a Maçonaria cubana a uma crise de reputação, amplificada pelo escrutínio mediático e pelas suspeitas de ingerência estatal. Ainda assim, o movimento maçónico respondeu com unidade, reafirmando a sua autonomia e os valores que o sustentam: liberdade, integridade e fraternidade.
Vozes críticas lembram que o essencial não é apenas o montante devolvido, mas a necessidade de salvaguardar a honra e a credibilidade de uma instituição que há séculos se pauta pela defesa da dignidade humana.
Nesse sentido, vários obreiros apelaram a que este episódio não seja visto apenas como escândalo, mas como oportunidade de reafirmação dos princípios fundadores da Maçonaria em Cuba.
O processo segue agora em duas frentes: por um lado, a recuperação de eventuais montantes em falta; por outro, a reconstrução da confiança pública, num contexto em que a Maçonaria cubana insiste em ser reconhecida como espaço independente de construção cívica e moral.

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