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  • O Simbolismo Profundo do Avental: Uma Lição Quotidiana Inspirada na Maçonaria

    Além da Proteção Física, o Avental Traz Ensinamentos Valiosos para a Vida Moderna Numa análise mais aprofundada sobre o uso do avental, um objeto aparentemente simples, descobrimos que vai além da sua função prática de proteção. A tradição era resguardar-se das intempéries e inimigos. O avental ganha significados simbólicos, especialmente na Maçonaria. Dentro desta tradição, o avental é mais do que uma peça de roupa; é um símbolo de pureza e cuidado para não "manchar" a sua integridade. Mas como esse simbolismo se pode traduzir para a vida quotidiana? Na perspectiva maçónica, a prática de sempre se utilizar o avental, mesmo que mentalmente, desperta valores como o cuidado, o zelo e o propósito de servir. Essa tradição propõe uma visão diferente sobre o ato de servir, lembrando-nos da bem-aventurança de quem serve, em contraste com a procura desenfreada por vantagens pessoais. Assim, o avental torna-se mais do que uma simples proteção física; é uma lembrança constante para que incorporemos esses valores na nossa vida diária. Revestir-se desse símbolo simbólico não só nos protege das armadilhas do egoísmo, mas também promove uma existência mais rica em significado e propósito. Este antigo símbolo, nascido de tradições milenares, continua a inspirar e a ensinar lições valiosas que transcendem o tempo e ecoam na vida moderna. #Avental #Simbolismo #Maçonaria #VidaCotidiana #Propósito #LiçõesDeVida #Tradição #Valores #BemAventurança #ProteçãoSimbólica

  • O Legado de Nuno Tinoco Ferreira: Grão-Mestre da Luz

    Nuno Tinoco Ferreira: Guiando a Grande Loja Nacional Portuguesa com Sabedoria e Fraternidade. Numa senda de luz, na tradição sagrada, Surge Nuno Tinoco Ferreira, alma aclamada. Grão-Mestre, líder de nobre coração, Na Grande Loja, ergues a nossa união. No Oriente, o teu caminho iluminado, XV Grão-Mestre, és por todos exaltado. Com mestria, guias com firmeza e saber, Construindo laços, como um bom maçon deve fazer. A geometria da vida, nas tuas mãos traçada, Como arquiteto, na ordem és a lança afiada. Com o malhete da fraternidade em punho, Forjas o templo de virtudes com desempenho. Nas colunas da ética, firme estabeleces, Compromisso e honra, nos gestos se apreende. Com a bússola da justiça, orientas a jornada, Ao serviço da Luz, na vereda consagrada. Grão-Mestre Nuno, na história ficarás, O teu legado resplandece, como a estrela guia a brilhar. Na loja da memória, tu és o timoneiro, Do coração maçónico, verdadeiro pioneiro. Na Grande Loja Nacional Portuguesa, orgulhosamente lideras, Com sabedoria que nas estrelas são sinceras. Uma homenagem a ti, Nuno Tinoco Ferreira, Grão-Mestre, a tua luz é a senda verdadeira. A Equipa do My Fraternity, #Maçonaria #Liderança #NunoTinocoFerreira #GrandeLojaNacionalPortuguesa #XVGrãoMestre #LegadoMaçónico #Fraternidade #SabedoriaMaçónica #ConstruçãoDeLaços

  • Sinfonia da Alma: Poesia, Melodia e a Magia da Colaboração Musical

    Harmonizando Palavras e Notas: Uma Colaboração Musical Excecional Num casamento sublime entre a poesia e a melodia, surge uma composição musical que transcende os limites da expressão artística. Um poema brilhante, duas vozes magníficas e uma melodia cativante unem-se para criar uma experiência sonora verdadeiramente excecional. Esta obra-prima musical, cuidadosamente concebida, oferece uma fusão única de letras profundas e emotivas, enriquecidas pela melodia envolvente. As vozes, poderosas e emotivas, elevam a narrativa poética, transportando os ouvintes para uma jornada sensorial. A colaboração entre os talentosos artistas por detrás desta criação resulta numa sinergia incrível, onde cada nota e cada palavra são entrelaçadas para transmitir uma emoção única. O poema ganha vida com a ajuda das vozes, criando uma experiência auditiva que é simultaneamente tocante e estimulante. Não apenas uma canção, mas uma narrativa sonora que se destaca pelo brilho lírico e pela mestria vocal. Esta colaboração não é apenas uma expressão artística, mas uma celebração da musicalidade e da poesia, provando que, juntos, esses elementos podem transcender as fronteiras do ordinário. Prepara-te para ser cativado por essa fusão única de talento, onde a música encontra a poesia e as vozes se tornam instrumentos de emoção. Esta criação musical promete ser uma experiência auditiva inesquecível que ressoará nos corações dos ouvintes. Fica atento ao lançamento deste som extraordinário que promete conquistar os amantes da música e da poesia. #SinfoniaDaAlma #ArteMusical #PoesiaeMelodia #ExperienciaEmotiva #ColaboracaoArtistica #NotasePalavras #LancamentoMusical

  • Maçonaria Portuguesa Debaterá a Adesão de Mulheres no Grande Oriente Lusitano

    A MAÇONARIA TAMBÉM É DELAS: A PROVÁVEL ENTRADA DAS MULHERES NO GRANDE ORIENTE LUSITANO O Grande Oriente Lusitano (GOL), a mais antiga obediência maçónica portuguesa, está em discussão sobre a possibilidade de admitir mulheres, marcando uma potencial mudança na instituição historicamente masculina. Este é um tema de longa data, um tabu que persiste na maçonaria internacional, mas, apesar disso, as mulheres sempre tiveram presença na instituição, muitas vezes de maneira clandestina. A Grande Loja Feminina de Portugal, fundada no ano 2000, foi uma resposta pioneira a esta questão, proporcionando um espaço maçónico exclusivamente feminino. Odete Isabel, mulher de Abril e defensora dos direitos iguais, é hoje Grã-Mestra pela segunda vez nessa Grande Loja e destaca a importância do 25 de Abril na sua vida, que floresceu e cresceu com a abertura proporcionada pela maçonaria. A discussão sobre a presença de mulheres na maçonaria é um debate de décadas. O Grande Oriente Lusitano, criado em 1802, está atualmente a considerar a modernização da organização, com uma maioria dos maçons a manifestar apoio à inclusão de mulheres. Este é apenas o primeiro passo, e o tema será debatido na Grande Dieta, uma espécie de parlamento maçónico, onde representantes de cada loja irão apresentar propostas e discutir os moldes da possível inclusão feminina. O Grão-Mestre do GOL, Fernando Cabecinha, destaca a vontade da maioria dos maçons em tornar a obediência inclusiva para lojas masculinas, femininas ou mistas. No entanto, este processo delicado implica mudanças em procedimentos e até mesmo na constituição maçónica. O debate na Grande Dieta já começou, mas o caminho para uma decisão final será demorado. A maçonaria, historicamente uma instituição masculina, teve mulheres que desempenharam papéis significativos, como Ana de Castro Osório ou Adelaide Cabette, ativas na luta pela Constituição da República Portuguesa. Apesar da tradição que excluiu mulheres, alguns maçons defendem agora a entrada delas como uma adaptação aos novos tempos, desafiando preconceitos e ignorância. A maçonaria, com seus rituais e princípios de liberdade, igualdade e fraternidade, visa o aperfeiçoamento individual e a promoção de uma sociedade mais justa. O GOL, ao considerar a entrada de mulheres, enfrenta a necessidade de reconciliar "tradição" 😀 e a evolução, marcando um potencial momento de transformação na história maçónica em Portugal. Estávamos na viragem do milénio, há coisa de duas décadas, quando Odete Isabel, feminista, acérrima defensora da igualdade de direitos, mulher de Abril, bateu à porta da maçonaria. Influenciada que estava pela força do discurso do amigo António Arnaut, que foi um conhecido maçon, advogado e político português, e também por duas amigas de Coimbra. Era o ano 2000 e Odete Isabel entrava assim na Grande Loja Feminina de Portugal, a única obediência maçónica exclusivamente feminina no nosso país, de onde nunca mais haveria de sair. Hoje, aos 83 anos, é grã-mestra pela segunda vez, o cargo mais alto. “Tinha 60 anos na altura e queria experimentar, saber se me dava bem na maçonaria e abriram-me a porta”, lembra. Mas esta história começa muito antes, e é a própria Odete Isabel, hoje, com 83 anos, que faz a ressalva. É preciso rebobinar à infância para lhe entender os meandros. Que Assim Seja! Cresceu durante o Estado Novo na Mealhada, e a professora primária convencera o pai a deixá-la seguir os estudos. Sempre quis ser cirurgiã, mas logo lhe fizeram ver que isso não era uma profissão de mulher. Acabou a licenciar-se em Farmácia, estudou no Porto, e já trabalhava nos serviços farmacêuticos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra no 25 de Abril de 1974. Odete Isabel atravessou a data histórica carregada de esperança e logo depois quis candidatar-se à Câmara da Mealhada, desafiada por um amigo. Ainda lhe disseram “para deixar a política para os homens”, mas é mulher de fibra, destemida por natureza. É apontada como a primeira mulher eleita presidente de câmara em Portugal, nas autárquicas de 1976, uma das Cinco Magníficas que nesse ano ousaram desafiar o poder masculino, e que foram eleitas. Este enquadramento é importante, aponta Odete Isabel, para explicar o encontro com a maçonaria. “O 25 de Abril fez-me florescer, cresci muito. E, mais tarde, a maçonaria deu-me espaço para pensar livremente, trouxe-me esperança de uma sociedade mais igualitária. Só que ainda há muito preconceito e ignorância.” Já lá vamos, ao preconceito, à ignorância. O tema das mulheres na maçonaria, que é historicamente uma instituição masculina, é um debate de longas décadas, um tabu que ainda não deixou de o ser, uma discussão interna que se arrasta até aos dias de hoje, pese embora a mulher tenha estado sempre presente na maçonaria (ainda que tantas vezes de forma clandestina e inusitada, acontecia mulheres serem iniciadas maçonas por terem espiado cerimónias maçónicas de homens, só para proteger os segredos das lojas). “A maçonaria esteve à frente do seu tempo em muitos aspetos, mas não em relação às mulheres”, critica sem rodeios Odete Isabel. O Grande Oriente Lusitano (GOL), fundado em 1802, que existe ininterruptamente desde então, a mais antiga obediência maçónica de Portugal, obviamente masculina, está agora a discutir o assunto. Depois de vários membros reclamarem a modernização da organização, o GOL começou por fazer uma auscultação às 103 lojas do país (tem lojas em todos os distritos) que compõem a obediência, a ouvir os maçons sobre a iniciação de mulheres e a maioria mostrou-se favorável. Mas este foi só um primeiro passo, o tema tem agora de ser discutido na Grande Dieta, uma espécie de parlamento maçónico do GOL, que reúne periodicamente no Palácio Maçónico, no Bairro Alto, em Lisboa. Aí estão em média dois representantes de cada loja, que irão apresentar propostas e decidir os moldes em que a entrada das mulheres poderá acontecer. Em entrevista à Lusa, Fernando Cabecinha, grão-mestre do GOL, explicou que, “neste momento, há uma vontade maioritária do povo maçónico no sentido de que o GOL seja uma obediência onde trabalham lojas masculinas, femininas ou mistas”. Mas o processo é delicado, exige mudar procedimentos, talvez até alterar a constituição maçónica. - Fonte do Notícias Magazine. #MaçonariaPortuguesa #InclusãoFeminina #GrandeOrienteLusitano #Tradições #OdeteIsabel

  • Caos na Justiça Portuguesa: Proposta de Entrega de Criança Gera Polémica

    Caos na Justiça Portuguesa: Proposta de Entrega de uma Criança com Proteção Legal ao Pai Gera Controvérsia. A Justiça portuguesa enfrenta mais um cenário caótico com a recente notícia de uma proposta do Ministério Público para entregar uma criança com proteção legal ao pai, segundo a SIC. A situação levanta sérias questões sobre os procedimentos e decisões envolvendo a proteção de menores em Portugal. Segundo a SIC, a criança, que goza de proteção legal devido a circunstâncias específicas, está no centro de uma disputa que envolve propostas controversas por parte do Ministério Público. A decisão de entregar a criança ao pai, apesar das medidas de proteção anteriormente estabelecidas, está a gerar indignação e preocupação na sociedade portuguesa. Este episódio expõe as lacunas no sistema judicial português, promovendo questões sobre a consistência e eficácia das decisões relacionadas com a proteção de menores. A segurança e bem-estar das crianças devem ser uma prioridade, e a proposta de entrega ao pai, em circunstâncias que levaram à proteção legal, levanta dúvidas sobre a avaliação cuidadosa dos factos e o respeito pelas necessidades da criança. A sociedade civil, as organizações de proteção à infância e defensores dos direitos humanos estão a expressar a sua preocupação e a exigir uma revisão aprofundada deste e de todos os casos semelhantes. O papel das instituições responsáveis pela proteção infantil e a necessidade de garantirem as decisões judiciais justas e equitativas deveriam estar agora em destaque. A notícia do caos na justiça portuguesa, relacionada com a entrega proposta da criança ao pai, reforça a urgência de uma revisão abrangente dos processos e políticas relacionadas com a proteção de menores, assegurando que os interesses das crianças são salvaguardados de forma consistente e intransigente. #JustiçaPortuguesa #ProteçãoInfantil #Crianças #DecisõesJudiciais #MinistérioPúblico #SistemaJudicial

  • Explorando as Profundezas do Rito Escocês Antigo e Aceite na Maçonaria

    Explorando as Profundezas da Maçonaria: O Rito Escocês Antigo e Aceite como Farol Espiritual Na vastidão dos símbolos maçónicos, cada maçon é livre para interpretar, mas deve-se preservar o cerne que dá significado à nossa Instituição - a sua Tradição e metodologia ritualizada, culminando na busca da Ordem Universal, onde o Ser se revela. A Maçonaria é um terreno fértil para a inquietação metafísica, uma caminho que, sem dúvida, desafia a compreensão convencional. No seu âmago, encontramos o "sangue" vital, o pulsar do movimento maçónico, conhecido como o Rito Escocês Antigo e Aceite. Este Rito, é mais do que uma cerimónia; é a verdadeira natureza do maçonismo essencial. Uma senda de evolução espiritual e pessoal, capaz de harmonizar o coração, o pensamento e a ação. Despido de dogmas, alicerça-se na fraternidade, oferecendo-se à construção humana. Hoje, testemunhamos a emergência desta compreensão em inúmeras mentes pelo mundo. O Rito Escocês Antigo e Aceite torna-se a voz de dezenas de milhares, ecoando a chamada para uma consciência maçónica renovada. Na convicção de Álvaro Carva, do Supremo Conselho de Portugal (AIME), este Rito é mais do que uma tradição - é um farol que nos guia na terceira etapa da nossa jornada. Uma alvorada de compreensão mais profunda e união fraterna na busca incessante pela verdade maçónica. #RitoEscocês #MaçonariaEspiritual #TradiçõesMaçónicas

  • História Maçónica: Novo Soberano Grande Comendador no Supremo Conselho de Portugal

    Solene Entronização do Novo Soberano Grande Comendador no Supremo Conselho de Portugal No dia 3 de fevereiro de 2024, o Supremo Conselho de Portugal vai testemunhar a marcante entronização do novo Soberano Grande Comendador. A cerimónia, repleta de pompa e significado, sinaliza não apenas uma mudança de liderança, mas também o compromisso contínuo com os valores maçónicos dos fundadores e que fazem parte do ADN do Supremo Conselho de Portugal. O novo líder, amplamente respeitado na comunidade maçónica, assume a responsabilidade de levar o Supremo Conselho de Portugal a novos horizontes, fortalecendo o Rito Escocês Antigo e Aceite. A sua entronização simboliza a continuidade e a evolução da rica tradição maçónica em Portugal, e a comunidade maçónica espera ansiosamente por esse evento histórico. Os Membros, convidados e autoridades destacadas participarão desta cerimónia única, que será seguida por momentos de reflexão e celebração. A cobertura completa estará disponível em www.myfraternity.org, proporcionando uma visão aprofundada desse importante marco na história do Supremo Conselho de Portugal. #MaçonariaPortugal #LiderançaMaçônica #CerimôniaMaçônica #TradiçãoMaçônica #SupremoConselho #EntronizaçãoHistórica #LiderançaMaçónica #CerimóniaMaçónica #TradiçãoMaçónica

  • Diálogo Intercultural: Explorando as Harmonias e os Desafios nas Religiões da Palestina

    Conversa Reveladora: Explorando as Dinâmicas Inter-religiosas na Palestina com Paulo Mendes Pinto No âmbito de uma fascinante conversa, Teresa Nicolau fez um diálogo com o renomado Paulo Mendes Pinto, Coordenador da área de Ciência das Religiões na Universidade Lusófona. O tema central aborda as intricadas relações entre Judeus, Cristãos e Muçulmanos na Palestina, oferecendo uma perspetiva única sobre a convivência religiosa na região. Paulo Mendes Pinto é reconhecido como o líder do projeto REC-XXI – Religiões, Educação e Cidadania desde 2018, além de desempenhar papéis de destaque na administração da Universidade Lusófona. A sua vasta experiência inclui a direção do Mestrado (2007-2011) e da Licenciatura em Ciência das Religiões (2007-2017). Durante a conversa, explorou-se também o valioso acervo do Museu de São Roque, destacando peças que têm uma ligação histórica com a Palestina. O diálogo proporciona uma oportunidade única para compreender as nuances culturais e religiosas que moldam o cenário palestino. Para obter uma visão mais aprofundada deste encontro esclarecedor, assista ao vídeo completo [AQUI]. #InterReligião #CulturaPalestina #DiálogoInterCultural #PauloMendesPinto #TeresaNicolau #MuseudeSãoRoque

  • Miguel Torga e Arganil: Uma Homenagem à Memória Viva

    Miguel Torga e Arganil Homenagem Pediram-me palavras que sei não ter, mesmo que diga tudo o que sei, que faça tudo que possa, que creia em tudo o que ouvi, ou que acredite em tudo o que li e estudei. Diz-se e bem que quem diz tudo o que sabe, quem faz tudo o que pode, quem crê em tudo o que ouve, quem gasta tudo que tem, muitas vezes gasta o que não pode, julga o que não vê e faz o que não deve e nesse erro não quero incorrer. Basta-me assumir que “quem faz o que pode faz o que deve” Por ordem cronológica, de modo a não espalhar o que juntei, a primeira referência que deposito são as palavras do poeta no Cine Teatro de Arganil “Alves Coelho”, inaugurado a 9 de Maio de 1954 : “Erguido por teimosia de cabeçudos beirões da mesma maneira e com o mesmo espírito com que antigamente se construíram catedrais: cada um trazendo a sua pedra”, (excerto de uma carta enviada ao actor João Villaret , convidando-o para a inauguração ) . O que diria hoje Miguel Torga vendo o Teatro fechado há anos.. Logo ali, no Largo Neves e Sousa mais conhecido por Fonte de Amandos, no monumento ao Embaixador Dr. Alberto de Veiga Simões pode ler-se: “Um dos filhos mais ilustres de Arganil que os esbirros de um déspota perseguiram até à morte”. Palavras retiradas de um discurso feito em 23 de Abril de 1976 , num comício do Partido Socialista, realizado em Arganil. Olhando para lá da Mata da Misericórdia impõe-se a presença do Centro de Saúde de Arganil e do Hospital Condessa das Canas onde o poeta trabalhou anos a fio em prol dos mais pobres e onde, por sua vontade expressa , se encontra o seu consultório e espólio médico de Coimbra, em doação à Santa Casa da Misericórdia de Arganil... Foi seu testamenteiro o Doutor Fernando Valle e é no seu monumento que se pode ler desde 29 de Julho de 1989: “Nenhuma prepotência o vergou e desviou do recto caminho cívico da tolerância, da justiça e da liberdade”. (Excerto da comunicação proferida na cerimónia do 90º aniversário do Doutor Fernando Valle ). Já em Côja tinha afirmado a 9 de Dezembro de 1973: “É escusado. Não posso ter outro partido se não o da Liberdade”. Palavras que decoram as razões do nome da Biblioteca Municipal Miguel Torga em Arganil. Também aos olhos de todos se pode ler em Côja, na margem esquerda do Alva, no monumento ao Doutor Alberto da Maia e Cruz do Valle inaugurado a 14 de Junho de 1956: “Era um homem bom como já não há. Viveu e morreu discretamente, com medo de acordar os interesses da vida e as pompas da morte. E quem o conheceu só poderia desejar que a limpidez do Alva ficasse a reflectir-lhe a memória pela eternidade fora”. É, talvez já, esta profunda amizade e estima pela família de Fernando Valle que ressalta do “Diário II “ quando a 27 de Setembro de 1942 como que anunciando a partida de Vila Nova , em Miranda do Corvo para Arganil (ligação igualmente significante com o Doutor Martins de Carvalho ) : É bonito este Alva. Manso, claro, calado, sem a tragédia do Douro nem a grandeza do Tejo, é bem o Rio da Beira que define a Beira. O Mondego envenenou-se em Coimbra dum lirismo de borla e capelo, que o desnacionalizou; o Zêzere deu-lhe uma retórica de sermão do encontro, que lhe tira o sentido; o Ceira, com a façanha do Cabril esgotou-se. De maneira que ficou a representar , a Beira das ovelhas, dos pinhais e duma tenacidade sem palavras este veio de água pura , que desce da Estrela, toca um milheiro ou dois de rodas, lava os avós, os filhos e os netos da mesma família e acaba pudicamente quando tem a sua missão cumprida”. É nestes “Diários” que a região de Arganil é levada ao colo a mais de oitenta países em dezesseis línguas. Arganil, Barril do Alva, Cepos, Pombeiro da Beira, Teixeira, Côja, Salgueiral, Vila Cova e Piodâo. É aqui que a 7 de Abril de 1991, no Piodão, se despede do concelho de Arganil e de Portugal. Foi aqui também , que a 12 de Agosto de 2007 foi celebrado e mandado gravar as suas palavras em monumento da Editorial Moura Pinto: “Com o protesto do corpo doente pelos safanões tormentosos da longa caminhada, vim aqui despedir-me do Portugal primevo. Já o fiz das outras imagens da sua configuração adulta. Faltava-me esta do ovo embrionário.” A 16 de Julho de 1946 ( Diário X ) Miguel Torga escreve em Arganil: “Medicina, literatura e política, por ordem decrescente. A obrigação , a devoção e a maceração”. E escuto o que quero ouvir: A força, a beleza e a sabedoria em três representações de profunda amizade e estima que avanço por ordem cronológica: 1 . Às irmãs de S. José, como se fosse aprendiz: Hospital de Arganil, 1 de Dezembro de 1966 “Acabei de operar, estou a fumar um cigarro e a pensar nas freiras que circulam à minha volta . Bondosas, prestáveis, pacientes, injectam, fazem curativos, despejam, limpam. Mas sente-se que embora presentes e funcionais , pairam acima da realidade. Que actuam fora do jogo da vida. Parece , até, que nos olham com certa dose de comiseração por tanta teima que pomos nos actos temporais. Que força interior escuda estas mulheres? Que voz imperativa as chamou , que largam tudo para a ouvir, desfazendo laços afectivos, calcando instintos, desprezando bens e honrarias? De onde lhes vem a paz que trazem estampadas no rosto, e que nenhum vendaval perturba ? Sei o que me responderiam se as interrogasse. Mas não quero ouvir palavras que na boca delas soariam a evidência e nos meus ouvidos ressoariam a mistério. Deus , fé , vocação… com três substantivos destes no processo, de que ilações cavilosas não seria capaz o demónio chicaneiro que mora dentro de mim! Presunção, simpleza...só isso! E o pior é que o problema ficava na mesma. Era cobrir apenas com outros substantivos, mais pedantes ainda, a minha perplexidade. Santas irmãs! Mal imaginam, tão brancas de corpo e alma, o bem e o mal que me fazem. O bem de serem como são, e o mal de não poder entende-las”. Lembro que Miguel Torga – Adolfo Correia Rocha-começou a exercer a sua especialidade de otorrinolaringologista com consultas no Pavilhão do Hospital partilhando o seu consultório com o Dr. Quirino Sampaio. A 21 de Novembro de 1948 no citado pavilhão, a convite do Dr. Fernando Valle e dando desse facto conta “A Comarca de Arganil” de 16 de Novembro de 1948: “Dr. Adolfo Rocha-a partir do próximo domingo, começa a dar consultas no Hospital desta vila , o Dr. Adolfo Rocha, especializado em ouvidos , nariz e garganta, com consultório no Largo da Portagem nº45-1º , em Coimbra, onde o seu nome figura ao lado dos mais distintos clínicos da especialidade. Com as consultas mensais que o Dr. Adolfo Rocha passa a dar nesta vila, às 9 da manhã, fica o nosso hospital com os seus serviços de assistência mais aumentados , muito beneficiando pessoas que dele necessitam de se utilizar e o público em geral.” Para que haja memória refiro que aquando da publicação do seu terceiro livro “A Rampa”a inveja e o despudor de alguns médicos de Coimbra respondiam à pergunta : Então e o Miguel Torga? -Como médico não conheço mas parece que escreve umas coisas… E a alguns escritores em busca de fama à mesma pergunta respondiam : Parece que é muito bom médico mas neste ultimo livro esqueceu-se do T… Para que haja igualmente memória , lembro que o Dr. Fernando Valle demitido das suas funções de Subdelegado de Saúde do Concelho de Arganil a 6 de junho de 1949 e de Médico Municipal a 7 de Junho de 1949 por despacho do Conselho de Ministros de 1 de Junho de 1949 onde reza: “os funcionários ou empregados, civis ou militares, que tenham revelado ou revelem espírito de oposição aos princípios fundamentais da Constituição Política , ou não deem garantia de cooperar na realização dos fins superiores do Estado, serão aposentados ou reformados, se a isso tiverem direito, ou demitidos em caso contrário”. Miguel Torga esteve preso no Aljube onde escreveu “Ariane”e que nos surge logo no “Diário I”. “Lisboa,Cadeia do Aljube, 1 de Janeiro de 1940 Ariane Ariane é um navio. Tem mastros , velas e bandeira à proa, E chegou num dia branco,frio, A este rio Tejo de Lisboa. Carregado de sonho, fundeou Dentro da claridade destas grades… Cisne de todos, que se foi, voltou Só para os olhos de quem tem saudades… Foram duas fragatas ver quem era Um tal milagre assim: era um navio Que se balança ali à minha espera Entre as gaivotas que se dão no rio. Mas eu é que não pude ainda por meus passos Sair desta prisão em corpo inteiro, E levantar âncora, e cair nos braços De Ariane, o veleiro.” Também , por uma vez, Fernando Valle foi preso. Contou-me com a sua alegria e profunda modéstia que nem todos os presos eram iguais, pois tinha ido para o Aljube com as mãos livres enquanto o Dr. Lousã Henriques ia algemado por ser do Partido Comunista… E que nas noites mais frias, como era o mais velho, havia sempre alguém que o cobria com a sua samarra. Mas nem em Arganil teve sossego. Noticía o “Jornal de Arganil” a 11 de Novembro de 1971 “Em reunião da mesa gerente da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, realizada na última terça-feira, depois de ponderadas várias circunstâncias, foram designados para exercerem as funções de Director Clínico e de Director Clínico Adjunto do Hospital Condessa das Canas, respectivamente os Srs. Dr. Manuel Barreto de Almeida Leite e o Dr. Virgílio dos Reis Nunes, distintos médicos nesta vila. Esta resolução foi tomada por o Sr. Dr. Fernando Valle , que há mais de quarenta anos exercia dedicada e proficientemente as funções de Director Clínico daquele estabelecimento de assistência ter atingido o limite de idade. A mesa gerente tendo em consideração os altos serviços prestados ao hospital, por tão ilustre e distinto clínico exarou em acta desta reunião o seguinte: -Durante mais de quarenta anos foi Director Clínico do Hospital Condessa das Canas , desta Santa Casa, o ilustre clínico Dr. Fernando Valle, que ao cargo e à sua função deu todo o seu esforço e saber, elevando o hospital à posição digna que ocupa e que , se já era tradição, muitíssimo melhor foi. O Dr. Fernando Valle , deu ao hospital e aos seus doentes, todo o seu saber, todo o seu zelo, todo o seu carinho, toda a sua devoção, ele deu-lhe também uma assiduidade diária e uma constante assistência, digna dos maiores valores. O doente foi e é sempre a sua preocupação e a ele pôs , regateio, a sua inteligência , o seu carinho, a sua amizade e o seu saber e cuidado, até ao limite das necessidades e das suas possibilidades. Mais de quarenta anos no exercício da sua função e da sua profissão, respeitado e desejado por todos, a todos deixando saudades e de todos tendo saudades. Mas a lei obriga ao afastamento da função pública, ao atingir os setenta anos o limite de idade. O Sr. Dr. Fernando Valle foi por ele atingido, deixou a função pública, mas continua a ser o médico competente, amigo, carinhoso, de todos e para todos os que ocorram aos seus serviços.” Ao saber desta resolução o Povo de Arganil (onde Rita Novais, Irene Loureiro e , até tocando o sino a rebate , as irmãs Corina e Susana Ferreira se evidenciaram) espontaneamente, reuniu-se e exigiu o regresso de Côja para onde fora viver, do Dr. Fernando Valle nas funções de que tinha sido afastado. O Povo de Arganil teve a percepção de que se estava em presença de um afastamento ilegal, com base ilegal, considerando que as funções exercidas não eram oficiais pois dependiam de uma entidade particular como era e é o caso da Santa Casa da Misericórdia de Arganil. Recordo que o Sr. Francisco Castanheira de Carvalho, director do “Jornal de Arganil”mandou oferecer, graciosamente, uma casa sua para o Dr. Fernando Valle abrir o seu consultório. Saúdo a presente mesa da Santa Casa da Misericórdia de Arganil que foi a grande obreira do Hospital de Cuidados Continuados “Dr. Fernando Valle” inaugurado e ao serviço da população de Arganil na antiga residência do Dr. Fernando Valle. Saúdo-a também por ter suportado parte das despesas do monumento a Fernando Valle sendo igualmente de relevar os quatrocentos contos entregues pela comissão instituída para o efeito. Lamento que, apesar de tanta teima o citado monumento se encontre desvirtuado das suas pedras (oferta da Santa Casa) e que o seu busto de bronze ( oferta do Povo de Arganil ) se encontre tão pobremente instalado não respeitando o monumento original. Mas o que é estimulante nesta introdução é perceber melhor o contexto dos escritos de Miguel Torga na “Criação do Mundo” quando ao sexto dia nos apresenta o Dr. Vilela, nem mais nem menos que o nosso Dr. Fernando Valle e onde irei descodificar as personagens aos mais distraídos: “Ora a natureza pedia-me naturalidade. Foi portanto, de bom grado que aceitei a sugestão do Dr. Vilela ( Fernando Valle) , Director Clínico da Misericórdia local para ir uma vez por semana dar consulta e operar a Travanca ( Arganil) . Embora a maior parte dos serviços prestados fosse gratuita, sempre aparecia um caso ou outro remunerado . Jeanne (Drª Andrée ,esposa de Miguel Torga)acompanhava-me. Treinara-se e ajudava-me nas operações. Era uma viagem incómoda, escaldante no Verão e regelada no Inverno, mas que me proporcionava a satisfação dessa apetência congénita de uma autenticidade frontal em que nenhuma parte de mim se sentisse rejeitada ou rejeitasse fosse o que fosse. O povo tinha isso: junto dele tudo sabia ao gosto da verdade. A ignorância era ignorância, a presunção presunção, a covardia covardia. As pessoas purificavam-se na sinceridade com que assumiam a condição. Numa dessas deslocações tive ocasião de verificar o que já sabia há muito, mas que só agora presenciava: a que extremos chegava o ódio do ditador. Não perdoava aos opositores nem mesmo depois de mortos. Falecera o Dr. Vieira Sampaio (Embaixador Dr. Alberto da Veiga Simões , levado em ombros durante a Primeira Republica pelo povo de Arganil,quando na sua intenção de ligar o caminho de ferro até esta vila) historiador (com especial ênfase no estudo do Regente D. Pedro, primeiro duque de Coimbra ) e antigo diplomata (os vistos que concedeu em Berlim salvaram muitos judeus do holocausto nazi) , seu sobranceiro adversário ( exilado em Paris e proibido de regressar a Portugal quando a sua mãe faleceu no Hospital Condessa das Canas). Exonerado do lugar de Embaixador e perseguido sem piedade, finara-se pouco menos que na miséria. Natural da vila (Arganil) manifestara sempre o desejo de ser nela sepultado. E a viúva respeitou-lhe a vontade. Mas quando o féretro chegou de Lisboa (vindo de Paris ) trazia uma tal comitiva policial que ninguém da terra foi capaz de vencer o medo e vir homenagear o patrício com a sua presença. Há hora do enterro , apenas se adivinhavam vultos pusilânimes , comprometidos e de má consciência , a espreitar por detrás das vidraças voltadas para a rua deserta , onde o cortejo, vazio, parecia ainda mais fúnebre. Além dos esbirros , à paisana , que não arredaram pé do caixão enquanto o não viram debaixo dos torrões, só o Dr. Vilela e eu acompanhávamos o defunto à última morada . O Dr. Vilela era a figura mais respeitada na região. Herdeiro de um nome honrado por várias gerações de médicos e magistrados, como que encarnava toda uma tradição de natural dignidade. Conterrâneo e companheiro do Gonçalo (Dr. Alberto Martins de Carvalho, patrono da Biblioteca de Côja e já referenciado no terceiro dia da “Criação do Mundo” e professor do Liceu) juntamente com André ( Prof. Dr. Paulo Quintela) professor na Universidade , derivava dessa circunstância o nosso conhecimento. Creio que a princípio embirrava comigo, talvez porque não entendesse os meus versos de então. Com o decorrer do tempo, porém, tudo mudou. Agora lia com agrado o que eu publicava , colaborávamos profissionalmente , franqueava-me a casa e ia-se firmando entre nós uma sólida amizade. Democrata combativo, fora por isso demitido de Subdelegado de Saúde. Mas a repressão não passou daí. Rendida à sua humanidade, a multidão de que tratava desinteressadamente em todo o concelho, numa manifestação espontânea, forçara o governo a mantê-lo à frente do hospital. E nele continuava a dar dia e noite, aos outros o melhor de si. No intervalo das actividades clínicas, perdíamo-nos em longas conversas subversivas, que se alargavam a partir do dia em que me levou à presença dum antigo ministro da República (Dr. Alberto da Moura Pinto) , há pouco regressado do exílio (Brasil ), desterrado na sua Quinta do Vidoeiro (Quinta dos Vales-aros de Côja ) onde se extinguia a recordar os tempos passados , a maquinar a queda do ditador e a curtir uma bronquite crónica. Fino conversador, página viva de uma época de idealismo generoso, o velho político ilustrava a rara nobreza jacobina de mentalidades a que o despotismo da espada militar cortara as asas sem lhe ferir as raízes. Rebento vivaz desse romantismo cívico, o Dr. Vilela, pela disponibilidade combativa e pelo respeito que lhe testemunhava, como que servia de esteio ao ânimo daquela vida cansada. E o exemplo dos dois quixotes de um sonho anacrónico de liberdade, igualdade e fraternidade, perdidos no fundo da província, fazia-me bem ao espírito. Era um Portugal teimoso, insubmisso, cabeçudo, que não se rendia à força de nenhuma evidência, mesmo quando ela se chamava o degredo ou a exoneração. E toda a semana aspirava por aquela quinta-feira (dia da feira semanal) que, sendo uma jornada árdua de trabalho, resultava afinal, num apaziguamento periódico da minha crispação permanente”. Moura Pinto combateu em Espanha pela República, na Segunda Guerra Mundial em França e na resistência à Ditadura Militar no Brasil. A sua filha Maria Luísa acompanhou sempre o seu pai e com ele viveu o exílio. 2. Guilherme Filipe de quem foi companheiro: “Fajão, 10 de junho de 1971 “Funeral dum amigo pintor, que foi o mais convivente dos homens e o mais camarada dos artistas, e desceu à sepultura na fria e apagada solidão de um ignorado. Com lágrimas de saudade e palavras de justiça, ainda tentei tornar menos soturnas as pazadas de terra que lhe batiam maciças no caixão. Mas chovia, e a lama gorda e pesada do cemitério acabou por vencer a tenacidade do meu pranto e da minha fidelidade. Soterrou-o tão violenta e completamente que não que não consigo arredar agora do espírito a imagem terrífica dum enterro absoluto”. Sendo estas as palavras redondas que nos “Diários”ficaram para a eternidade, o “Jornal de Arganil” de 17 de Junho de 1971 transcreve todo o elogio fúnebre feito por Miguel Torga junto à sepultura de Guilherme Filipe: “Não consentiu a morte que dissesses adeus aos teus amigos. Ao verificar no livro da vida que eram tantos e tão fiéis, roída de inveja, apunhalou-te o coração à falsa fé, sem dar tempo a desobrigas sentimentais. Quando receberam notícias de que estavas doente, já navegavas na barca de Caronte. Mas foi melhor assim. Ouvir palavras de renúncia e despedida eterna da boca de quem só sabia falar de esperança e permanência, ver coberto por uma cortina de trevas, olhos que sugeriam a perenidade da luz, testemunhar a inércia de um corpo que era o próprio dinamismo encarnado, seria superior às nossas forças. Real e ético como sempre te conhecemos, ficarias de repente com uma apenas, a temporal, a perecível, a menos verdadeira. E ninguém resistiria a semelhante desencanto. Ao passo que meramente adivinhado dentro de um caixão, metade amortalhado e metade predestinado, o melhor e o pior de ti fundiram-se numa unidade perfeita. Através da vidraça de lágrimas e de saudade, a imaginação pode contemplar finalmente realizado o milagre dessa harmonia de contradições. É contemplar o prodígio precisamente no sítio onde era cabido e desejado: neste Feijão que tanto amaste. Ao lado do imortal juiz das sentenças sibilinas -Vi o que não vi Morra que não morra Deem um nó na corda Que não corra… E do Pascoal que , do alto da torre de cortiços, pedia que lhe chegassem o do fundo, é que fica perpetuamente preservada na sua digna moldura a tua humanidade de sonhador de impossíveis , de arquitecto de jardins universitários, de construtor de falanstérios utópicos, de artista que pintou a manta de todas as maneiras e cores. E é nesta paz de espírito dessa certeza que te deixamos aqui, enterrado a sete palmos e ressuscitado na legenda. Igual a ti mesmo para todo o sempre: transitório e fabuloso.” 3. Com Fernando Valle , o Mestre entre os Mestres “Arganil, 29 de Julho de 1989 Plauto diz nas Bacantes que aquele que os deuses estimam morre cedo. Mas parece que não. Que , pelo contrário, lhe concedem uma longa vida. Que o deixam durar muito para que atinja a plenitude dos seus dons. A nossa memória está cheia dos nomes desses bem-aventurados que puderam cumprir-se inteiramente nas artes , nas ciências, nas letras ou na simples maneira de existir. É o caso do Dr. Fernando Valle ,Matusalém sem idade , teve tempo para ser no mundo a imagem paradigmática do jovem irreverente, do bom chefe de família, do amigo leal, do médico devotado, do político isento, do governante capaz, do cidadão exemplar. Quem , como eu , se preza de o conhecer de longa data e de ter estado a seu lado nos bons e nos maus momentos, sabe com que dignidade atravessou os anos difíceis do nosso decurso colectivo contemporâneo, incompreendido por alguns, estremecido por muitos, respeitado por todos. É que foi sempre igual a si próprio em cada acto que praticou, sem cuidar das consequências dos mais arriscados, dramáticas em várias horas. Perseguido, preso, julgado, demitido da função pública, nenhuma prepotência o vergou ou desviou do recto caminho cívico da tolerância, da justiça e da liberdade. Beirão acabado no temperamento pertinaz e no apego arreigado ao berço nativo, a sua Côja bem amada, escarolado de espírito como ela de semblante, cordial e idealista, o Dr. Fernando Valle é uma uma encarnação moderna do português de antanho que em cada terra era um símbolo. Humanidade rica e singular, infelizmente das poucas de que, na hora actual, nos podemos orgulhar e, confiadamente, afiançar à admiração das gerações vindoiras . É esse o condão dos destinos privilegiados. Serem donos no presente de virtudes também gratas ao futuro, não há sociedade estruturada sem marcas de referência . Vemo-los em todas as nações, devotadamente erguidas, à escala do mérito a perpetuar, nos caminhos da sua história. É que, explicita ou implicitamente, os que procedem hoje, legitimam o comportamento no dos que procederam ontem. Em bronze duradoiro, Arganil terá desta data em diante mais um desses miliários tutelares a indicar à posteridade o Norte e o Sul da verdade e do bem. Simultaneamente, a testemunhar-lhe a quitação de uma dívida que nós, os de agora, tínhamos em aberto. Dívida da nossa consciência moral que, uma vez paga, ao mesmo tempo nos desobriga e nobilita. O Dr. Fernando Valle não é por nós honrado nesta pública homenagem que lhe prestamos. Ele é que nos dá a honra de lha prestarmos.” Este foi o último discurso público a que assisti de Miguel Torga em Arganil, aquando da homenagem nacional ao Dr. Fernando Valle e atribuição da medalha de ouro do Município de Arganil ao homenageado, e que teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Arganil. Recordo igualmente o notável jornal elaborado pelo António César Ventura e o almoço que tarde e más horas foi servido no pavilhão da Santa Casa da Misericórdia de Arganil, num dia de calor infernal. Para trás ficara a inauguração do monumento a Fernando Valle, no Centro de Saúde de Arganil, e como ele era bonito todo em granito e bronze. E até o Sr. Presidente da República, Dr. Mário Soares, fez uma pequena sesta em casa do José Vilhena… importa pois sermos destas memórias: Memória no sentido físico: “ Como o gosto que é um tacto intimo”. Memória no sentido moral: “ Como o olfacto que é o gosto desfeito, entendido na sua essência e na sua definição”. Memória no sentido espiritual: “ Como o ouvir, que é o contacto da nossa memória com outras memórias e o entendimento disso”. _ E memória em sentido divino: “ onde se atinge a plenitude da memória, já sem tacto nem contacto, mas na luz que simboliza a vida”. _ É neste absoluto respeito que termino percorrendo todos os livros de poesia que Miguel Torga publicou em vida, apresentando o Poeta nos seus próprios versos, nas suas definições, na sua identidade. Tudo ficará por dizer e é uma felicidade ser assim porque e última palavra será sempre de Miguel Torga: “ A gente pouco sabe e pouco pode. Conhece apenas duas regras de higiene ( Que o corpo se recusa a observar), Três de moral (que o intestino se recusa a praticar) E uma ou duas de civilidade. E digo mais: Que vale a pena, afinal, haver história, Haver arquitectura e haver, respeito Por quantos souberam ser antes de nós Bichos e poetas do seu casulo. [...] Carlos Maia Teixeira #MiguelTorga #Arganil #Homenagem #LiteraturaPortuguesa #CulturaRegional #Poeta #MemóriaViva

  • Desvendando a História e Controvérsia das Origens Maçónicas: Entre Mitos e Realidades

    Desvendando os Mistérios da Maçonaria: Entre Mitos e a Realidade Explorando a História e a Controvérsia por Detrás das Origens da Maçonaria Desde os seus primórdios, a Maçonaria tem sido envolta em mistério, cercada por lendas e mitos que se entrelaçam com a realidade histórica. O debate sobre as origens da Maçonaria especulativa, que se distanciou do seu passado operativo no período medieval, continua a intrigar e a fascinar tanto os membros da fraternidade quanto os observadores externos. Desvendando a História A crença de que os maçons são os herdeiros diretos dos companheiros da Idade Média, com as suas práticas corporativas, segredo oral e símbolos como a esquadro e o compasso, tem raízes profundas na cultura maçónica. No entanto, as críticas recentes questionam a autenticidade dessas crenças, apontando para a falta de evidências sólidas. A história maçónica, conforme apresentada nas Constituições de Anderson em 1723, oferece uma narrativa rica em fábulas, lendas e mitos. Desde a alegada primeira loja no Paraíso terrestre até à sucessão ao longo dos séculos, incluindo a era dos construtores medievais de catedrais, a tradição oral da Maçonaria muitas vezes afasta-se dos padrões da historiografia moderna. A Controvérsia das Origens O surgimento das lojas maçónicas especulativas no século XVII na Inglaterra levanta questões intrigantes. A transição da Maçonaria operativa para a especulativa não tem uma explicação clara, pois as lojas operativas de estilo medieval já não existiam na Inglaterra desde o século XVI. Teorias sobre a influência escocesa e a admissão de "Gentlemen Masons" nas lojas operativas escocesas também são desafiadas por pesquisas recentes. O Enigma Permanece Com a história das lojas especulativas permanecendo um enigma, a intrigante questão das origens da Maçonaria continua sem uma resposta definitiva. Se surgiram na Inglaterra do século XVII ou foram influenciadas por tradições escocesas, a verdadeira história permanece obscura. Herança Simbólica Apesar das incertezas à volta das suas origens, a Maçonaria especulativa herdou um rico simbolismo, central para seus rituais e existência. O compasso e a esquadro, uma vez ferramentas práticas de construção, tornaram-se símbolos poderosos de moralidade e espiritualidade para os maçons especulativos. Os historiadores da Maçonaria têm diante de si um desafio intrigante e contínuo enquanto buscam lançar luz sobre as origens e a evolução dessa antiga fraternidade. Enquanto isso, os membros continuam a cultivar os valores da liberdade, igualdade e fraternidade, que se tornaram fundamentais na identidade maçónica. #Maçonaria #HistóriaMaçónica #OrigensMaçónicas #Lendas #Fraternidade #Simbolismo #HistóriaMedieval #Controvérsia #CulturaMaçónica

  • John Peters Humphrey: Um Legado Humanitário Além das Fronteiras

    É com imenso gosto que voltamos à palavra para introduzir um texto elaborado pela Comissão de Direitos Humanos da Grande Loja Nacional Portuguesa. Ao mergulharmos nos textos que se seguem, é impossível não reconhecermos a meticulosidade e o compromisso dessa Comissão ao abordar questões cruciais que permeiam o âmago dos direitos humanos. A Grande Loja Nacional Portuguesa, na sua procura incessante pela promoção da justiça, igualdade e dignidade, demonstra um compromisso inabalável com os valores fundamentais que moldam uma sociedade moderna. Este texto, que agora apresentamos, reflete o profundo entendimento da Comissão sobre as complexidades dos direitos humanos, mas também representa um testemunho eloquente de uma personalidade na sua dedicação em prol de um mundo mais justo. Ao elogiarmos este trabalho, reconhecemos a importância vital da Comissão dos Direitos Humanos da Grande Loja Nacional Portuguesa na defesa e promoção dos princípios que sustentam a dignidade de cada indivíduo, transcendendo fronteiras e unindo-nos na busca coletiva por uma sociedade verdadeiramente justa e humanitária. John Thomas Peters Humphrey, nasceu a 30 de abril de 1905 em Hampton, New Brunswick, Canadá e veio a falecer a 14 de março de 1995 em Montreal, Quebeque, Canadá. Primeiros anos e educação A infância de Humphrey foi marcada pela tragédia. Perdeu o pai aos treze meses de idade e a mãe aos onze anos; ambos morreram de cancro. Entre estas calamidades, um acidente tirou-lhe o braço esquerdo. Humphrey foi admitido na Universidade Mount Allison, em Sackville, New Brunswick, aos 15 anos, e transferido para a Universidade McGill, em Montreal. Licenciou-se em Comércio em 1925, em Artes em 1927 e em Direito em 1929. Obteve o doutoramento em 1945 e escreveu a sua dissertação sobre a distribuição de poderes no governo. Início da carreira Humphrey foi admitido na Ordem dos Advogados do Quebeque em 1929. Começou a exercer advocacia privada antes de entrar para a Faculdade de Direito da Universidade McGill em 1936. Tornou-se reitor por pouco tempo, uma década mais tarde. Carreira nas Nações Unidas Em 1946, Humphrey foi nomeado diretor dos direitos humanos da Divisão das Nações Unidas, cargo que deixou em 1966. Com a ajuda de outros nomes hoje conhecidos, foi o autor do projeto original da Declaração Universal dos Direitos do Homem (DUDH). Esta foi aprovada como resolução da Assembleia Geral em 10 de dezembro de 1948. Eleanor Roosevelt, presidente do comité e colaboradora de Humphrey, referiu-se à declaração como a "Magna Carta de toda a humanidade". O documento foi traduzido em 321 línguas e dialetos. A declaração trouxe uma mudança revolucionária na teoria e na prática do direito internacional, pois reconheceu que os direitos humanos são uma questão de interesse internacional. Embora os princípios da declaração sejam violados frequentemente, trata-se de uma das realizações mais importantes da ONU. Tornou-se uma parte usual do direito das Nações Unidas. Carreira após a ONU Humphrey regressou à Universidade McGill em 1966. Em 1967, co-fundou a Fundação Canadiana dos Direitos Humanos. Leccionou a tempo inteiro até ao início da década de 1970 e depois a tempo parcial até se reformar em 1994. Foi autor de vários volumes importantes sobre o assunto e ajudou a investigar as violações dos direitos humanos nas Filipinas. Ajudou também a obter uma indemnização para os prisioneiros de guerra canadianos detidos pelos japoneses após a Batalha de Hong Kong e representou mulheres coreanas forçadas à escravatura sexual durante a Segunda Guerra Mundial. Honras, legado e conclusões Cada vez mais reconhecido, tem recebido prémios, distinções e homenagens. Apesar das circunstâncias em que se deu o seu crescimento e educação, sem os pais, a perda de um braço, deu contributos de elevado valor e mérito à nossa sociedade, constituindo um exemplo maior de cidadania e solidariedade para com o seu semelhante, para além da DUDH, mais concretamente, para com faixas de população desfavorecidas em termos socioculturais ou raciais. #JohnPetersHumphrey #DireitosHumanos #DUDH #LegadoHumanitario #DefensorDosDireitos #Inspiração #HistóriaDeVida #ONU #JustiçaSocial #Igualdade

  • Vultos Notáveis: Henrique Portovedo - Músico, Investigador e Educador Excecional

    Explorando Fronteiras: A Trajetória Versátil de Henrique Portovedo. Henrique Portovedo destaca-se no cenário da música contemporânea, encontrando o seu lugar como intérprete e colaborador com diversos compositores de renome. Entre eles, destacam-se nomes como R. Barret, C. Barlow, C. Roads, P. Ablinger, P. Niblock, M. Edwards, I. Silva, S. Carvalho, R. Ribeiro, P. Ferreira Lopes, M. Azguime, e muitos outros. Com uma notável carreira, Henrique Portovedo estreou mais de 40 obras dedicadas exclusivamente a ele, demonstrando a sua dedicação e influência no mundo da música contemporânea. A sua atuação a solo inclui colaborações com diversas orquestras e ensembles de prestígio, como o Cantus Ensemble, Chronos Contemporary Music Ensemble, L’Orchestre d’Harmonie de la Garde Republican, Trinity College of Music Wind Orchestra, Orquestra de Sopros da Universidade de Aveiro e Sond'Art Electric Ensemble. Além de suas performances memoráveis, Henrique Portovedo é co-fundador do Quadquartet e Diretor Artístico do Aveiro SaxFest, eventos que enriquecem o panorama musical contemporâneo. O seu trabalho discográfico é reconhecido internacionalmente, contando com edições promovidas por editoras como a Naxos, Universal Music, PadRecords, R’RootsProductions, entre outras. A paixão e o compromisso de Henrique Portovedo continuam a contribuir para a inovação e a diversidade no universo da música contemporânea. Henrique Portovedo é um músico de renome, laureado com diversos prémios que atestam a sua excelência e dedicação ao universo da música. Entre os notáveis reconhecimentos, destaca-se o Prémio de Mérito da Fundação António Pascoal, o Prémio de Mérito Artístico da Fundação Eng. António de Almeida, e o 1º Prémio do Concurso Internacional de Solistas Jovens Purmerend. Ao longo de sua carreira, Henrique foi agraciado com vários Trinity Music Awards em Londres nos anos de 2007 e 2008, consolidando o seu estatuto como um dos músicos mais destacados da sua geração. Em 2012, recebeu o prestigiado Prémio Jovens Criadores pelo Instituto Português de Artes e Ideias, seguido pelo reconhecimento do Centro Nacional de Cultura na área da música, em 2014. A sua notável trajetória estende-se para além das fronteiras nacionais, sendo artista residente no ZKM Karlsruhe, pesquisador visitante na Universidade de Edimburgo e pesquisador visitante da Fulbright na Universidade da Califórnia em Santa Barbara. Henrique é membro fundador do European Saxophone Comité, co-fundador do Tenor Sax Collective, presidente da Associação Portuguesa do Saxofone e diretor artístico do Congresso Europeu de Saxofone em 2017. Henrique Portovedo continua a ser uma figura central na cena musical internacional, deixando uma marca indelével como músico, pesquisador e impulsionador de iniciativas artísticas inovadoras. Como investigador na área da Ciência e Tecnologia das Artes, Henrique Portovedo conquistou financiamentos para a investigação tanto pela FCT quanto pela Fulbright, destacando-se pelo seu contributo significativo neste campo inovador. A sua experiência e conhecimento fazem dele um orador e artista procurado, sendo regularmente convidado para ministrar masterclasses e apresentar concertos em alguns dos mais prestigiados festivais e conservatórios superiores a nível internacional. Entre eles, destacam-se instituições de renome como o Conservatoire Royal de Bruxelles, o Conservatori Superior de Música de les Illes Balears, o Trinity Laban Conservatoire of Music & Dance, a Hochschule für Musik Karlsruhe, e muitos outros. A presença constante de Henrique Portovedo em eventos de destaque atesta o seu impacto duradouro no meio, contribuindo para a disseminação do conhecimento e da excelência na interseção entre Ciência, Tecnologia e Artes. Henrique Portovedo assume atualmente o papel de investigador principal no INET-MD, simultaneamente exercendo as funções de coordenador do Grupo de Criação, Performance e Investigação Artística. Além das suas responsabilidades na investigação, desempenha um papel ativo no ensino na Universidade de Aveiro, sendo também professor convidado no Real Conservatório Superior de Música de Madrid. #HenriquePortovedo #MúsicaContemporânea #Artes #InvestigaçãoArtística #EducaçãoMusical

  • Noite Mágica na Associação Cívica e Cultural 533: Celebração Inesquecível do Solstício de Inverno 2023 | Vídeo

    Carlos Alberto Moniz Brilha na Celebração do Solstício de Inverno da Associação 533 Num cenário encantado na cidade do Porto, a "Associação Cívica e Cultural 533" iluminou a noite com uma deslumbrante celebração do solstício de inverno. Este evento extraordinário atraiu uma audiência diversificada, reunindo entusiastas da música, amantes da poesia e todos aqueles que procuram a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, numa experiência única. A grande surpresa da noite foi a apresentação do renomado cantor, artista, apresentador, maestro, músico e compositor português, Carlos Alberto Moniz, que escolheu este momento especial para revelar uma nova composição. O vídeo destaca não apenas a incrível habilidade musical do Carlos Alberto Moniz, mas também a beleza transcendental do poema que acompanha a melodia. Este poema, elaborado de forma fenomenal, mergulha na essência da "Associação Cívica e Cultural 533", ligando-a ao espírito da celebração e cativando os presentes. O Carlos Alberto Moniz, vindo expressamente de Lisboa para participar neste solstício de inverno, adicionou uma magia ao evento, demonstrando o seu compromisso com a celebração da arte e da união. O vídeo, que captura a atmosfera única da noite, sendo lançado nessa noite, permitindo que todos revivam esta experiência extraordinária e fraternal. A festa do solstício de inverno em 2023 não foi apenas um evento; foi um caminho transcendental, onde a música, a poesia e comunidade se entrelaçaram para criar momentos inesquecíveis. 🌟 Destaques: Apresentação exclusiva de Carlos Alberto Moniz. Atmosfera mágica da celebração do Solstício de Inverno. Lançamento emocionante de uma nova composição. Não percam a possibilidade de reviver essa experiência extraordinária que uniu a comunidade à volta dos valores da Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Assista, partilhe e mergulhe na magia desta noite única! #Arte #Música #Poesia #CarlosAlbertoMoniz #Celebração #Porto #SolstíciodeInverno #Associação533

  • Noite Mágica na "Estrela do Norte": Celebração Única do Solstício de Inverno 2023

    Numa noite mágica na cidade do Porto, a loja "Estrela do Norte" celebrou uma grandiosa festa do solstício de inverno. O evento reuniu mais de uma centena de pessoas, criando um ambiente de união e celebração. A ocasião foi ainda mais especial com a apresentação de uma nova música pelo cantor e uma personalidade ímpar, Carlos Alberto Moniz, acompanhado de um poema fascinante que aborda a própria essência da loja. Notável é também o compromisso do cantor, que viajou de Lisboa ao Porto de propósito para marcar a sua presença neste solstício, evidenciando a importância do momento. Um encontro que transcende a larga centena de pessoas, transformando-se numa experiência única e memorável para todos os participantes. A ORIENTE DO PORTO Autores: José da Rosa / Rodrigo Martim A Oriente do Porto Sopram ventos de harmonia que tem o timbre e a força de um hino à alegria. A Oriente do Porto seja qual for a idade, a palavra que nos une é sempre Fraternidade. A Oriente do Porto vai-se forjando a certeza de que no gesto fraterno mora um toque de beleza. A Oriente do Porto onde o Sol e a Lua estão ganha asas de utopia a doce palavra Irmão. A Oriente do Porto, onde o Sol e a Lua estão [...] A Oriente do Porto cada mestre é aprendiz deste ofício milenar que torna o outro feliz. A Oriente do Porto o coração é um templo onde as colunas do afeto são as raízes do tempo. A Oriente do Porto vai-se forjando a certeza de que no gesto fraterno mora um toque de beleza A Oriente do Porto onde o Sol e a Lua estão ganha asas de utopia a doce palavra Irmão. #EstreladoNorte #SolstíciodeInverno #CarlosAlbertoMoniz #CelebracaoMagica #Porto

  • Vaticano em Choque: Condenação do Cardeal Becciu Abala Estruturas da Igreja

    Escândalo no Vaticano: Condenação Histórica do Cardeal Becciu no "Julgamento do Século". Num dos julgamentos mais esperados da história recente do Vaticano, o cardeal Giovanni Angelo Becciu, outrora uma figura de destaque na Santa Sé, foi condenado a uma pena de cinco anos e meio de prisão por crimes de peculato. Este veredicto marca um momento sem precedentes, pois Becciu é o primeiro cardeal a ser condenado por um tribunal do Vaticano. O "julgamento do século" expôs uma trama complexa de má conduta financeira, incluindo um investimento milionário fracassado numa propriedade de luxo em Londres, gravações secretas de conversas com o Papa e alegações de gastos indevidos de fundos da Igreja em marcas de moda. Giovanni Angelo Becciu, de 75 anos, outrora considerado como um potencial Papa, ocupava a posição de "sostituto" na Secretaria de Estado da Santa Sé, desfrutando de privilégios de acesso ao Papa conforme necessário. Apesar das suas negações repetidas, o tribunal do Vaticano considerou-o culpado por vários crimes de peculato. O julgamento, que durou dois anos e meio, envolveu um total de 10 réus, marcando um teste crítico para o Papa Francisco nos seus esforços para trazer a transparência e a responsabilidade às finanças obscuras do Vaticano. Antes do início do julgamento, o Papa destituiu Becciu das suas funções e privilégios, demonstrando uma clara postura contra a má conduta financeira. Esta condenação representa um episódio significativo na batalha contínua do Papa Francisco para reformar as finanças do Vaticano, estabelecer regulamentações financeiras e erradicar conflitos de interesse. O veredicto destaca a determinação do Papa na busca por uma igreja mais transparente e responsável. #VaticanoEmCrise #IgrejaCatólica #CorrupçãoReligiosa

  • Relatório Chocante de 2023:Liberdade de Pensamento Sob Ataque Global, Revela Internacional Humanista

    Relatório de 2023 Revela Desafios para a Liberdade de Pensamento em Todo o Mundo A Internacional Humanista acaba de lançar o relatório anual de 2023 sobre a Liberdade de Pensamento no mundo, um documento abrangente que destaca as realidades enfrentadas pelos humanistas em diversas nações. Desafios Globais para os Humanistas: Relatório Anual da Internacional Humanista de 2023 Detalha as Restrições à Liberdade de Pensamento O relatório revela que os humanistas enfrentam discriminação em 186 países em todo o mundo, com desafios que incluem desde marginalização e assédio até proibições legais em algumas regiões. Entre os principais pontos destacados estão: Governos que Marginalizam os Não Religiosos: Em 11 países, autoridades governamentais abertamente marginalizam, assediam ou incitam o ódio contra os não religiosos. Proibições Legais para Ateísmo ou Não Religiosidade: Em 15 países, identificar-se como ateu ou não religioso é ilegal ou não reconhecido. Existência de uma Religião Estatal: A presença de uma religião estatal é uma barreira em 23 países. Restrições a Cargos para Não Religiosos: Em 23 países, os não religiosos são impedidos de ocupar pelo menos alguns cargos. Legislação Inspirada em Leis Religiosas: Em 34 países, a legislação estatal é derivada, pelo menos parcialmente, de leis religiosas. Blasfêmia como Ofensa Punível: A blasfêmia continua sendo uma ofensa punível em pelo menos 87 países. Uso de Tribunais Religiosos em Assuntos Familiares ou Morais: Em 48 países, tribunais religiosos são utilizados em assuntos familiares ou morais. Financiamento Discriminatório de Religiões: Financiamento discriminatório de religiões é praticado em 85 países. Dificuldades para Organizações Humanistas: Em 32 países, é difícil ou ilegal operar uma organização humanista de forma aberta. Educação com Viés Religioso: Em 33 países, há instrução religiosa obrigatória em escolas financiadas pelo estado, sem uma alternativa secular ou humanista. Este relatório destaca a urgência de abordar as restrições à liberdade de pensamento e reforça o compromisso contínuo com os princípios da igualdade, diversidade e respeito pelas crenças individuais em todo o mundo. A Internacional Humanista insta a uma reflexão coletiva sobre a importância da liberdade de pensamento e a necessidade de promover ambientes inclusivos e tolerantes em todas as sociedades. O relatório completo pode ser consultado no site oficial da Internacional Humanista. #RelatórioHumanista #LiberdadeDePensamento #DiscriminaçãoGlobal #DireitosHumanos #DesafiosGlobais #InclusãoGlobal #HumanismoGlobal

  • Intrigas e Tensões: A Reviravolta na Maçonaria Portuguesa Divide o Grande Oriente Lusitano

    Crise no Grande Oriente Lusitano: Saída em Massa de Lojas para a Grande Loja Regular de Portugal Uma intensa controvérsia abalou o universo maçónico em Portugal, com a possível entrada de mulheres nas lojas do Grande Oriente Lusitano (GOL). A discussão acalorada sobre este tema sensível desencadeou uma série de eventos que agora ameaçam a estabilidade da maior obediência maçónica no país. A polémica começou quando o Grão-Mestre do GOL, Fernando Cabecinha, propôs a admissão de mulheres nas lojas, uma iniciativa que gerou fortes tensões internas. O My Fraternity obteve informações exclusivas de que várias lojas, incluindo uma no norte que enfrenta ameaças de encerramento de colunas, estão em negociações avançadas com a Grande Loja Regular de Portugal (GLLP/GLRP) para uma possível mudança. A falta de consenso dentro do GOL levou a ameaças de expulsão para maçons que se mantiveram em silêncio sobre esta possível mudança organizacional. O debate, que deveria ser foco de modernização na organização, transformou-se num divisor de águas, levando várias lojas a considerar a Regular como uma alternativa mais alinhada com os seus princípios. A loja Universalis, liderada pelo ex-Grão-Mestre Fernando Lima, organizou recentemente um evento onde se debatia a situação Israel/Palestina, mas nos bastidores foram tecidas duras críticas ao atual Grão-Mestre, responsabilizando-o pela possível debandada de maçons para a Regular. A incerteza em relação ao futuro do GOL é evidente, especialmente com as eleições que se aproximam. As fontes consultadas destacam que a pressão pela admissão de mulheres é uma tentativa do Grão-Mestre de deixar uma marca significativa no seu mandato. A falta de um consenso claro, somada às ameaças de expulsão, pode resultar numa sangria significativa de lojas e membros para a Regular, comprometendo a unidade da maior obediência maçónica em Portugal. O MyFraternity continuará a seguir de perto esse desdobramento, enquanto o GOL enfrenta um dos momentos mais desafiadores da sua história recente. No entanto, todo o desenrolar deste processo no GOL revela-se peculiar, especialmente quando consideramos o papel do ex-Grão-Mestre Fernando Lima, que parece ter apadrinhado os passos mencionados na imagem. O caminho a seguir reside na abordagem fraternal do atual Grão-Mestre, que deve iniciar um diálogo franco com os irmãos. Unir esforços é imperativo para evitar a iminente saída dessas lojas, sem desconsiderar a decisão democrática das mulheres em abraçar a adesão ao GOL. #MaçonariaPortuguesa #TensõesInternas #AdmissãoDeMulheres #GOL

  • 🌟 O MyFraternity Brilha na Celebração do Dia das Instituições Locais! 🌟

    Fomentando a Esperança: O MyFraternity Ilumina o Caminho das Instituições Locais! 🌟 Hoje é um dia especial, pois o MyFraternity tem a honra de destacar a sua significativa contribuição para instituições de caridade em todo o país, feito de forma discreta, celebrando o Dia das Instituições Locais! Uma salva de palmas para a incrível generosidade da equipa do MyFraternity, que se uniu no apoio a causas nobres que fazem a diferença nas nossas comunidades. O MyFraternity Brilha na Celebração do Dia das Instituições Locais! Com um espírito solidário e dedicação notável, a equipa do MyFraternity demonstrou o seu compromisso com o bem-estar comunitário. Cada doação e por bem pequena que tenha sido representa não apenas uma contribuição financeira, mas um voto de confiança nas organizações que trabalham incansavelmente para melhorar a vida daqueles que mais precisam. Essa iniciativa destaca não apenas a filosofia humanitária do MyFraternity, mas também reforça o papel essencial que cada um de nós desempenha na construção de uma sociedade mais solidária e colaborativa. Afinal, são as pequenas ações, como as do MyFraternity, que lançam grandes sensibilidades de mudança. Expressamos a nossa profunda gratidão à equipa do MyFraternity por iluminar o caminho e inspirar outros a seguirem o exemplo. Que este gesto inspirador continue a motivar ações positivas e solidárias em todo o país e nos países dos nossos leitores. Juntos, somos agentes de transformação, moldando um futuro mais luminoso para todos. 🙏💕 #DiaDasInstituiçõesLocais #GenerosidadeMF #CompromissoComunitário #ApoioSolidário #MFGeneroso #ApoioComunitário #SolidariedadeLocal #DiaDasInstituiçõesLocais #EsperançaBrilhante

  • Un Borghese Piccolo Piccolo - Uno sguardo profondo sulla Massoneria italiana degli anni '70

    Il film italiano "Un Borghese Piccolo Piccolo", diretto da Mario Monicelli nel 1977, offre uno sguardo sorprendente sulla Massoneria Italiana di quegli anni, contrassegnata da divisioni tra correnti conservatrici e liberali che rispecchiano le polarizzazioni politiche dell'epoca. Il film dipinge un ritratto acuto della piccola borghesia italiana dell'epoca, con Giovanni Vivaldi, un devoto impiegato pubblico, che cerca modi per assicurare un futuro stabile per suo figlio. La trama, presentata in modo tragicomico, svela le sfumature della mentalità borghese di Vivaldi e la sua ricerca di ascensione sociale. La Massoneria è presentata come una speranza per Vivaldi, ma il film evidenzia la dura realtà di una società disuguale. La scena impressionante in cui Vivaldi chiede aiuto a un fratello massone per accelerare il funerale di suo figlio, mentre le autorità e le figure potenti vengono prioritizzate, mette in luce la fraternità massonica come un ideale irraggiungibile in un sistema che favorisce pochi. Il film offre un'interpretazione intrigante della Massoneria degli anni '70, raffigurandola come una struttura che, stranamente, mantiene lo status quo anziché combattere l'oppressione e l'ineguaglianza. Giovanni Vivaldi, l'archetipo del borghese, rappresenta tragicamente il sogno di fraternità in un contesto capitalista. #Maçonaria #CinemaItaliano #Fraternità #Anni70 #UnBorghesePiccoloPiccolo

  • Explorando a Simbologia do Templo de Salomão

    Explore a simbologia maçónica do Templo de Salomão através de uma maquete impressionante. A Maçonaria apresenta uma visão única do Templo de Salomão através de um vídeo cativante, destacando uma maquete detalhada e simbolicamente carregada. A maquete foi produzida com mestria. Este vídeo oferece uma experiência fascinante para os entusiastas da Maçonaria e interessados na simbologia por detrás do Templo de Salomão. A maquete, meticulosamente elaborada, destaca os elementos arquitetónicos e simbólicos que são fundamentais na tradição maçónica. Cada detalhe é uma representação viva dos princípios maçónicos, proporcionando uma visão única da relação entre a Maçonaria e o Templo de Salomão. Assista ao vídeo para poder apreciar e esclarecer pelos significados ocultos e simbolismo profundo incorporado nesta maquete extraordinária. Esteja preparado para uma experiência visual e educativa que destaca a conexão entre a tradição maçónica e um dos monumentos mais icónicos da antiguidade. Assista agora e descubra a perspetiva maçónica única sobre o Templo de Salomão. #VisãoMaçónica #Simbolismo #TemploDeSalomão

  • Em 2023, o site de informações MyFraternity alcança resultados notáveis no YouTube

    Triunfo Notável: MyFraternity Conquista o YouTube em 2023! Num ano de destaque para o MyFraternity, o site de informações registra excelentes resultados na plataforma de vídeos online YouTube. O aumento significativo de visualizações e interações destaca o impacto positivo e a crescente relevância do MyFraternity como uma fonte confiável de informações. O sucesso no YouTube reforça a posição do MyFraternity como uma plataforma de destaque, conectando-se efetivamente com o público e oferecendo conteúdo valioso. #MyFraternity #YouTube2023 #SucessoOnline #InformaçãoConfiável #MyFraternityTriunfa #YouTubeConquistas #InformaçãoExcepcional

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