A descredibilização da criança enquanto testemunha nos Tribunais?
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A descredibilização da criança enquanto testemunha nos Tribunais?

Para alguns técnicos, as crianças devem ser descredibilizadas, isto é, descredibilização da criança enquanto testemunha.


As crianças não são, em geral, tão sugestionáveis, como alguns técnicos ou juízes parecem querer fazer crer.


Um estudo de Ceci, Kulkofsky, Klemfuss, Sweeny, & Bruck, (2007) concluiu que um elevado número de crianças é capaz de manter um relato exato, mesmo quando expostas a pistas e informações falsas.


Na adolescência o cenário é já distinto e um jovem é capaz de mentir por vingança ao invés de uma criança.


Nas crianças de 7, 8 ou até 10 anos são, por norma, muito precisas, dizem alguns dos estudos lidos para este artigo de opinião.


Saliente-se ainda, que as crianças não têm por hábito fantasiar com episódios negativos (Chae & Ceci, 2006; Hewitt, 1999).


Em Portugal, agora, compreendemos melhor os perigos que as crianças enfrentam e os problemas que são publicitados nos canais de notícias.


5 dicas práticas para evitar ou combater abusos e violência infantil


  • 1) Ensine os seus filhos sobre as partes do seu corpo, e a nomeá-las, inclusivé as partes íntimas;

  • 2) Ensine que o corpo pertence à criança: algumas pessoas em quem ela confia podem tocá-la durante o banho, depois de ir ao banheiro, ou quando está doente, por exemplo, mas sempre com seu consentimento;

  • 3) Ensine o seu filho que qualquer agressão ou toque nas partes íntimas não é normal, e deve ser denunciado;

  • 4) Ensine que não há segredos. Ele pode (e deve) contar tudo, ainda que o agressor peça segredo - e jamais será punido;

  • 5) Leve a sério as denúncias de seus filhos. Qualquer sinal de agressão deve ser reportado à Polícia de Segurança Pública.

NOTA: Segundo a psicóloga, Neusa Maria, especialista em saúde mental, só 3% das denúncias feitas por crianças não têm fundamento; por isso, devemos sempre acreditar nos relatos dos pequenos. “A gente jamais pode duvidar.


A dúvida leva ao silêncio e o silêncio é um mecanismo que sustenta a violência contra a criança - o que leva à morte. Um sinal já é um motivo para se alarmar.”


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