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Ministro da Saúde do Brasil deve defender a vida. Se for demitido, que seja. Será honroso!

Faça, o que deve fazer em defesa de todo o povo brasileiro. Se tiver que ser demitido, que seja. Mas, consciente, por ter defendido todo o povo brasileiro.




«Ao expor a briga com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, por causa de sua posição em defesa do isolamento social no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o presidente Jair Bolsolaro pode estar abrindo nova frente de desgaste: a Maçonaria, um dos mais fortes pilares da sociedade civil na República brasileira. Mandetta é maçom ativo da Grande Oriente de Campo Grande (MS) e também já foi da Amem (Associação de Médicos Maçons). É irmão, portanto, do vice-presidente Hamilton Mourão, também maçom atuante.


Já há entre alguns maçons um certo desconforto com as atitudes pouco elegantes de Bolsonaro em relação a Mandetta, que tem se pautado pelas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da comunidade científica para delinear as diretrizes de saúde pública na prevenção ao novo coronavírus, na qual o isolamento social é considerado uma das medidas mais eficazes.


Graças à firmeza com que age baseado na ciência, sem permitir que interesses econômicos se sobreponham à preservação da vida, Mandetta ganhou respeito e simpatia entre a população brasileira, inclusive entre os seguidores menos extremistas do presidente, que é contra o isolamento social.


Em suas entrevistas à imprensa, o ministro Mandetta, vez por outra, deixa escapar algumas expressões que só são usadas em sessões de lojas maçons, o que reforça sua ligação com a irmandade.


Atordoado pelo volume cada vez mais alto e frequente dos panelaços que contestam seu governo país afora e enciumado com o crescimento do prestígio popular de Madetta, Bolsonaro trouxe a público as brigas com o ministro, tentando levá-lo a um pedido de demissão, avaliam analistas políticos.


O médico e deputado Mandetta diz que não pedirá exoneração. Bolsonaro, por sua vez, garante que não vai demiti-lo, certamente prevendo uma reação ainda mais negativa da população caso tome tal decisão, mas as críticas ao ministro não cessam.


Esse cenário belicoso desagrada à Maçonaria, um dos segmentos que mais apoiarem a eleição de Bolsonaro, além de setores do Legislativo, Judiciário, do Legislativo, das Forças Armadas, do empresariado, do meio jurídico e alto funcionalismo público.


Com uma atuação marcada pela discrição ao longa da história do Brasil, a Maçonaria reprova em silêncio o comportamento de Bolsonaro. Reservadamente, alguns maçons dizem não enxergar com bons olhos a execração pública à qual Bolsonaro está submetendo o irmão Mandetta. Muitos acham que isso pode acentuar a perda de apoio do presidente entre a irmandade, num momento em que as janelas e sacadas gritam a plenos pulmões e batem panelas cada vez com mais força contra o presidente.


A Maçonaria não abandona os seus ao relento. Mandetta é um deles. Certamente, o presidente Bolsonaro sabe disso.


Que assim seja.», in, AQUI

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