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Estudo Genético Revela Que a Humanidade Esteve à Beira da Extinção Há 930 Mil Anos

Os Vestígios Neandertais: Uma Janela para o Passado da Humanidade.


Um recente estudo genético, divulgado na revista Science na última quinta-feira, lança uma nova perspectiva sobre a história da humanidade, sugerindo que nossos antepassados estiveram à beira da extinção há 930 mil anos, durante um período de mudanças climáticas drásticas na Terra.


De acordo com os pesquisadores da Fundação Nacional de Ciências Naturais da China, a população humana enfrentou uma queda dramática, perdendo 98,7% dos seus membros.


Mais especificamente, antes desse declínio, estimava-se que havia cerca de 98 mil indivíduos férteis na população humana.


Esse número teria sido reduzido a apenas 1280 indivíduos férteis, e esses números permaneceram baixos por um período de 117 mil anos até que a população começasse a se recuperar.


A equipa de pesquisa chegou a essas conclusões comparando os genomas de 3154 pessoas de 50 populações diferentes em todo o mundo.


Os resultados obtidos por Wangjie Hu, um biólogo computacional que liderou o estudo, parecem estar em conformidade com as análises de fósseis desse período.


Caso essa teoria seja confirmada, esse estudo pode ter implicações significativas na compreensão da história da humanidade.


Os cientistas chineses acreditam que esse declínio populacional pode explicar a divisão dos antepassados humanos em dois grupos distintos: um que deu origem aos Neandertais (que acabaram desaparecendo) e outro que deu origem ao Homo Sapiens, ou seja, o ser humano moderno.


No entanto, é importante mencionar que o artigo e a sua teoria não são consensuais na comunidade científica.


Alguns cientistas, como Stephan Schiffels, um geneticista populacional do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, expressaram ceticismo em relação às conclusões do estudo, comparando-o a uma tentativa de estimar o tamanho de uma pedra que caiu no meio de um grande lago apenas pelas ondulações que chegam à costa alguns minutos depois.


Brenna Henn, geneticista da Universidade da Califórnia, também observou que a teoria apresentada é plausível, mas ressaltou que existem outras explicações possíveis para a diversidade genética da espécie humana.


A pesquisa genética chinesa pode ter lançado uma nova luz sobre a história da humanidade, mas o debate e a investigação adicional certamente continuarão.

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