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Se bate nos filhos e na mulher será bom pai?

Nos tribunais de menores, em Portugal, mantêm-se processos de pais agressores (dos menores e, por vezes, das mulheres) com todo o contacto com os filhos. Duram anos: audições, conferências, adiamentos. Em todo este tempo, os filhos e as mães são sujeitos a uma brutal violência judicial.


Sara Montez, há anos, escreveu o livro "Vidas Suspensas", com testemunhos das lutas nos tribunais pelos filhos de mulheres vítimas de violência doméstica.


Toda a estrutura – juízes, magistrados, CPCJ – ´parece estar inquinada contra estes filhos e contras as mulheres. Já houve, entretanto, alterações legislativas e no bom sentido.


Os juízes, acreditamos, também têm alterado a postura e feito um bom caminho, o que é muito saudável.


Porém, as instâncias judiciais e aquelas que são os seus braços (CAFAP, por exemplo) foram, e parecem continuar a ser, cúmplices dos homens agressores, na perseguição, violência reiterada e controlo dos filhos e das ex-mulheres.


Chegámos a conhecer casos de agressores sabendo da morada das ex-mulheres, às vezes em casas-abrigo, à conta dos direitos que os tribunais de menores lhes garantiam para as visitas.



Crianças em permanente pânico, que os pais voltassem a agredi-las, aquando das visitas; e, em pânico, se agredirem as mães nessas visitas.


Ou juízes atrás de juízes considerando que agressores domésticos condenados, afinal são pais maravilhosos.



Há casos em que ficaram até com a guarda exclusiva dos menores.



Como é possível considerar que um homem violento que bate nos filhos e na mulher será bom pai?


Julgam que é um anjo levado à loucura pela harpia maldosa com quem vive?


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