Deus Meumque Jus: A Justiça Que Nasce da Consciência
- Redação My Fraternity

- 14 de abr.
- 2 min de leitura
🧭 Artigo de Opinião | Deus Meumque Jus: um apelo à justiça interior
"Deus Meumque Jus" — "Deus e o meu direito" ou, numa leitura mais profunda, "Deus e a minha justiça".
Esta expressão, tantas vezes associada à tradição maçónica, transcende o mero simbolismo para nos confrontar com uma pergunta essencial: qual é a fonte da nossa justiça? E em nome de quem — ou de quê — a exercemos?
No mundo atual, dominado pela polarização, pelas verdades instantâneas e pela justiça feita a partir de julgamentos sumários nas redes sociais, este antigo lema surge como um lembrete incómodo e urgente.
Longe de ser uma simples frase de efeito, Deus Meumque Jus desafia-nos a reconsiderar a origem e a legitimidade da nossa noção de justiça.
Será que decidimos baseados em princípios sólidos e éticos, ou apenas repetimos os padrões do que nos foi imposto como “certo”?
Na tradição esotérica e iniciática, nomeadamente na Maçonaria, esta frase assume uma dimensão espiritual.
Não se trata de invocar um Deus punitivo, nem de afirmar uma superioridade moral. Trata-se, antes, de reconhecer que a verdadeira justiça começa por dentro. Que há uma voz — silenciosa, mas firme — que nos orienta quando silenciamos o ruído do ego, do orgulho e do medo.
"Deus", neste contexto, pode ser lido como o símbolo do absoluto, do bem maior, da consciência superior que reside em cada ser humano. "Jus" — o direito, a justiça — é o reflexo dessa ligação.
O iniciado, o pensador, o cidadão consciente é convidado a agir de acordo com uma justiça que não se baseia na conveniência ou na revanche, mas sim na equidade, no equilíbrio e na verdade interior.
Numa época em que se confunde justiça com vingança e lei com moral, resgatar este lema é quase um ato de resistência. É afirmar que existe um direito que não depende apenas dos códigos escritos, mas do coração desperto. É lembrar que ser justo exige mais coragem do que ter razão.
Deus Meumque Jus não é um grito de autoridade.
É uma promessa de responsabilidade. Uma exigência de coerência entre a fé, a consciência e a ação.
É o tipo de lema que, se levado a sério, nos obriga a ser melhores — não para sermos vistos como virtuosos, mas para estarmos em paz com aquilo que, no mais íntimo de nós, sabemos ser o certo.
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