Coluna lida na sessão do Supremo Conselho de Portugal | 04.12.2022
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Coluna lida na sessão do Supremo Conselho de Portugal | 04.12.2022

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No Supremo Conselho de Portugal do Rito Escocês Antigo e Aceite, estes 33º graus dividem-se em quatro blocos, tal como a Tradição do Rito: os três primeiros graus são comuns a todos os sistemas maçónicos.


Os dez seguintes (do 4º ao 14º grau) são trabalhados nas chamadas Lojas de Perfeição.


A sua temática continua a ser a construção do Templo e as suas vicissitudes.


Cada um destes graus contém uma lenda característica e símbolos que se utilizam como utensílios de trabalho. Estas lendas e símbolos têm uma riqueza espiritual e filosófica que é gradualmente apresentada aos iniciados nos Altos Graus.


Ensina-se a descoberta do Dever pessoal, através do conceito da Lei universal e é a base para a procura da Palavra Perdida e do “sentido” para a vida. Estes e outros princípios devem ser difundidos por toda a Terra, sendo este o tema da lenda do grau 14º.


Do 15º grau ao 18º grau os maçons do Supremo Conselho de Portugal do Rito Escocês Antigo e Aceite trabalham no local que denominam de Capítulo.


Apesar do primeiro Templo ter sido destruído (como foi o Templo de Salomão) o homem conseguirá a sua construção ajudado e ajudando. Destaca-se no 17º grau o esforço cavalheiresco e a sua abertura espiritual – Cavaleiro de Oriente e de Ocidente.


O Amor conduz até à Palavra Perdida.


O grau 18º que se denomina Cavaleiro Rosa Cruz representa uma síntese do fim e dos meios da Maçonaria Universal, tendo em conta a Fé, a Caridade e a Esperança, dando assim sentido à vida.


O Templo por construir não é material mas espiritual. Os trabalhos no 18º grau nunca são encerrados. Apenas são interrompidos.


Do 19º grau ao 30º grau são trabalhados nas lojas chamadas de Areópagos.


Se temos nos graus anteriores a descoberta do Amor universal, somos levados nestes graus à acção espiritual.


É esta a filosofia da acção maçónica e, por isso, estes graus são denominados de filosóficos.


Já não se procuram os Templos materiais, mas um mundo virtuoso e fraterno, uma “Jerusalém celeste”.


O símbolo da acção Templária é que converte simbolicamente o maçon no grau 30º no novo cavaleiro de um novo Templo pela ascensão de escala mística da Virtude: o Cavaleiro Kadosh.


O último bloco é constituído por graus administrativos. São eles o 31º, 32º e 33º.


As lojas são denominadas, respectivamente, por Soberano Tribunal, Consistório e Conselho Supremo.


O grau 31º carece de carácter iniciático.


O grau 32º exalta o valor da Tradição iniciática como um tesouro herdado.


O grau 33º e último é formado pelos Soberanos Grandes Inspectores Gerais.


A Obediência, em relação directa com a cidadania deve verter para o exterior os valores essenciais da nossa Tradição, contando nas Lojas com homens qualificados dos que o Rito tem necessidade para assegurar a sua continuidade.


A Jurisdição constitui a ordem interior, a coluna vertebral do Rito, do qual se conserva os rituais e tradições, transmitindo a todos os graus os seus ensinamentos tradicionais.


Nos Países em que o Rito Escocês Antigo e Aceite se pratica nos três primeiros graus, essa forma de organização não atenta contra a unidade, já que é o vínculo natural que o une à Obediência e à Jurisdição com respeito à sua independência e soberanias respectivas.


As Grandes Constituições impõem como obrigatório para cada Supremo Conselho, assegurar a perenidade do Rito Escocês Antigo e Aceite preservando-o de todas as alterações que podem provocar as vicissitudes históricas.


Para assumir esta função, os Supremos Conselhos devem, não só conservar as instituições que propiciam as estruturas ao Rito, mas também os rituais, veículos do corpus simbólico que lhes conferem a sua dimensão espiritual.


O futuro do Rito Escocês Antigo e Aceite decidir-se-á na Europa, aonde estão as suas raízes.


Num mundo em perpétua evolução, o Homem procura um sentido para a sua vida entre o tumulto das alterações que vêm perturbar o quotidiano. A sociedade vê-se sacudida por sobressaltos que chegam de todas as partes.


A Maçonaria, que é um facto social, não escapa a essa regra e isso é perfeitamente compreensível, porque o maçon é um ser que vive o seu tempo e não fica à margem da agitação que o rodeia.


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