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Bebés de 3 ou 4 anos devem levar "palmadinhas" nas mãos e nos braços?

A idade da criança, o estilo educativo, a pessoa que lhe bate, a descrença no poder do diálogo e das palavras.


Vive-se uma tragédia nas famílias !


Agora, imagine que um bebé, de 3 ou 4 anos, leva "palmadas" nas mãos e nos braços e chora pela surpresa e pela dor.


Mesmo que "não doa quase nada", ou que "nem fique marcado", quem bate a um bebé com 3 ou 4 anos devia ser severamente criticado e tido em conta pelo sistema judicial em Portugal.


Margarida Crujo faz as devidas comparações.


“Uma criança que cresce num ambiente de não violência, aberto ao diálogo e à diferença, terá uma ginástica mental muito mais ampla na resolução de problemas através da conversação, assim como uma regulação emocional mais vantajosa, se a compararmos com uma criança habituada a um contexto onde a impulsividade, a violência e o inesperado são características dos gestos educativos predominantes.”


Bater deixa marcas, transmite que a lei do mais forte prevalece, que a força resolve conflitos. Não educa, apenas pune, seja qual for a intensidade e o contexto.


O que pensarão estes bebés de 3 ou 4 anos?


Palmadas ou qualquer castigo físico são sempre de evitar, segundo Jorge Rio Cardoso, professor universitário, autor de vários livros na área da Educação.


Duas palmadas são mais do que duas palmadas, é a mensagem que passa e as marcas que ficam.


O modelo do medo, do receio de represálias físicas, a lei do mais forte. Quem manda pode punir.


“Há autores que veem nesta educação o prenúncio de violência doméstica”, comentam. “


Um castigo parece, e é, uma vingança: ai bateste no teu irmão? Partiste o vaso da vizinha? Não respondes ao teu pai? Então vai já para a cama, sem comer sobremesa e ainda vais levar duas palmadas.


” Uma palmada é sempre uma agressão. E não só. “


A aplicação de castigos físicos passa a ideia errada de que os problemas se resolvem com violência”, refere Jorge Rio Cardoso.


Qualquer violência sobre as crianças é errada e bater é um ato de violência, é sempre errado.


Berta Pinto Ferreira, declara: os tempos estão a mudar e são cada vez menos os que defendem este tipo de abordagem: "Na maioria dos casos, os pais que recorrem à palmada fazem-no num momento de descontrolo, quando já não sabem como resolver uma determinada situação".


A pedopsiquiatra compreende - "Educar é muito difícil e pode, de facto, ser muito cansativo" - mas não desculpa: "Qualquer violência sobre as crianças é errada e bater é um ato de violência, é sempre errado"".


INQUÉRITO

Bebés de 3 ou 4 anos devem levar "palmadinhas" nas mãos e nos braços?

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