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27 de dez de 20222 min

Mais uma morte que deixou de interessar aos políticos portugueses e aos media em geral

Atualizado: 28 de dez de 2022

Mais uma mulher morta às mãos do companheiro.

Mais um filho ferido por tentar defender a mãe.

Mais uma morte que deixou de interessar aos políticos portugueses e aos media em geral.

A notícia é do JN e o seu título: Degolou mulher no banho depois de lhe espiar telemóvel

Ciúmes doentios e suspeitas de traição na origem de homicídio no Seixal. Filho tentou salvar a mãe e também foi esfaqueado.


 
Jorge, 55 anos, degolou a mulher, Paula, 50 anos, em casa, no Seixal, num ataque de fúria e ciúmes depois de espiar o telemóvel da vítima e se sentir atraiçoado.

O filho do casal, de 22 anos, ainda tentou salvar a mãe e foi esfaqueado numa mão. O agressor tentou suicidar-se com a mesma arma, golpeando-se no pescoço, mas sobreviveu após ser operado. Foi detido pela PSP ainda em casa. Aos agentes exclamou: "Ela não colaborou".


 
O crime aconteceu ontem de manhã, no 94 da pacata Avenida Pinhal Vidal, em Corroios, Seixal, composta por moradias unifamiliares.

De acordo com a vizinhança, este era o segundo casamento de Jorge, trabalhador no Porto de Lisboa, a viver há 25 anos com Paula nesta casa, que tinha sido do seu pai.

Jorge é tido como um homem de poucas palavras, introvertido, que ferve em pouca água. Discutia com jovens que conviviam junto da sua casa. Pelo contrário, Paula, natural de Vinhais e lojista em Lisboa, era tida como extrovertida e alegre.

NOTA:

Uma mulher degolada e o homicida também a matou em frente ao filho que foi agredido por tentar defender a sua mãe.

As vítimas, apesar do medo, vão querendo acreditar que o agressor não as vai matar.

Não conseguem aperceber-se do perigo iminente.

Uma história que se repete demasiadas vezes.

A avaliação da perigosidade é fundamental. E a autonomização do crime de feminicídio também é importante.

Não podemos esperar resultados diferentes se no essencial, tudo continuar igual.

A realidade só se transformará se alterarmos não apenas procedimentos, mas sobretudo se as mudanças forem transformativas.

Mais uma morte que deixou de interessar aos políticos portugueses e aos media em geral

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