Fernando Pessoa e a Maçonaria: Uma conexão literária?
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Fernando Pessoa e a Maçonaria: Uma conexão literária?

Fernando Pessoa, Maçonaria, Simbolismo, Literatura portuguesa.


Fernando Pessoa e a Maçonaria: uma conexão literária?


Fernando Pessoa, um dos maiores escritores da língua portuguesa é muitas vezes associado à Maçonaria.


Embora não haja evidências conclusivas de que ele tenha sido um maçon ativo, existem várias indicações na sua obra e na sua correspondência de que era um simpatizante e admirador da Maçonaria.


Na troca de correspondência entre Pessoa e seus amigos, ele refere-se frequentemente à Maçonaria de maneira positiva e menciona ter lido obras maçónicas.


A visão de Pessoa sobre a Maçonaria


Numa carta a Mário de Sá-Carneiro, por exemplo, ele escreveu: "Li há dias um livro maçónico que me pareceu muito interessante".


Além disso, na sua obra poética, Pessoa usa frequentemente o simbolismo e alegorias que são comuns na Maçonaria, como a estrela de cinco pontas, que é um símbolo maçónico associado ao pentagrama.


Pessoa também escreveu um poema intitulado "O Grande Oriente", onde faz referência ao Grande Oriente, uma das principais organizações maçónicas em Portugal.


Embora nunca tenha sido confirmado que Pessoa tenha sido iniciado na Maçonaria, a sua admiração pela organização e o uso de símbolos e alegorias maçónicas na sua obra sugerem uma conexão com a organização.


Fernando Pessoa: um maçon "virtual"?


Alguns estudiosos da vida e obra de Pessoa argumentam que ele pode ter sido um maçon "virtual", ou seja, um admirador e defensor dos princípios e valores da Maçonaria, sem ser formalmente iniciado na organização.


Independentemente de sua afiliação formal com a Maçonaria, é inegável que a influência da organização pode ser vista na obra e pensamento de Fernando Pessoa.


A sua admiração pela organização e pelos valores que ela defende é mais uma evidência da complexidade e profundidade do pensamento do autor, e contribui para uma compreensão mais ampla de sua obra e legado literário.


No entanto, aqui vão os motivos controversos: há quem defenda que Fernando Pessoa foi iniciado na Maçonaria em 1912, na Loja "União Ibérica", em Durban, África do Sul, onde morava nessa época.


A partir daqui, passou a frequentar as reuniões e cerimónias da Ordem com assiduidade, e chegou a ocupar cargos importantes na estrutura maçónica, como o de Mestre "Instalado" da Loja "Comércio e Artes", em Lisboa, Portugal.


A influência da Maçonaria na obra e pensamento de Fernando Pessoa

A influência dos valores maçónicos na obra e pensamento do autor.


Seja como for, a Maçonaria teve uma forte influência na forma como Fernando Pessoa concebia o mundo e a vida.


Ele era adepto dos princípios maçónicos da liberdade, igualdade e fraternidade, e considerava a Ordem uma importante escola de formação moral e cívica.


Nos seus escritos, é possível encontrar referências diretas e indiretas à Maçonaria e aos seus símbolos, como o compasso e o esquadro.


Bibliografia sugerida:

  • Zenith, R. (2011). Pessoa: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras.

  • Monteiro, G. (1993). Fernando Pessoa e a Maçonaria. Lisboa: Vega.

  • Pessoa, F. (2014). Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Fronteira.


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